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18/Nov/2021

Ferrogrão: obstáculos legais impedindo o leilão

Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, o Brasil poderia leiloar a polêmica Ferrogrão no ano que vem, depois que obstáculos legais forem resolvidos. Um grande grupo empresarial já tem planos de investimento para a ferrovia que ligaria o cinturão da soja do Brasil aos portos do Norte para embarcar o os grãos para a Ásia. A construção do projeto, com quase 1.000 quilômetros, foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao risco de desmatamento na região. A venda da concessão da ferrovia, com investimento previsto de R$ 25,2 bilhões, pode ocorrer no ano que vem, mas a grande questão é que vai acontecer, é uma necessidade para o Brasil, afirmou o ministro.

A Ferrogrão é um ponto de tensão entre ativistas globais e o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ambientalistas alertam que o projeto pode agravar ainda mais a destruição da Amazônia ao incentivar o desenvolvimento de terras e colocar em risco comunidades indígenas nos arredores. O governo diz que a ferrovia vai impulsionar um dos principais setores de exportação agrícola do mundo e que o impacto ambiental será limitado. A ferrovia será construída a 40 metros de uma rodovia existente, o que minimizaria os danos ambientais. O ministro acrescentou que o projeto substituirá caminhões carregados com grãos que liberam um milhão de toneladas de dióxido de carbono por ano.

Também afirmou que a ferrovia não vai invadir nenhuma terra indígena. Segundo Freitas, as alegações de destruição ambiental decorrem de uma guerra comercial internacional com o objetivo de prejudicar o setor agrícola do Brasil, um dos maiores produtores mundiais de grãos e carne. Acabar com o projeto ferroviário tornaria o País menos competitivo em relação a outros grandes produtores das chamadas soft commodities, como soja, café e açúcar. Quando a Ferrogrão entrar em operação, haverá uma redução de tarifa de 40%. Fonte: MoneyTimes e Bloomberg. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.