16/Nov/2021

O AgroGalaxy, uma das principais redes de distribuição de insumos agrícolas do Brasil, registrou receita líquida de R$ 1,844 bilhão no terceiro trimestre de 2021, alta de 84,5% em comparação aos R$ 999,8 milhões obtidos em igual período do ano passado. O lucro líquido ajustado somou R$ 57 milhões, incremento de 284,2% sobre os R$ 14,8 milhões apurados de julho a setembro de 2020. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 117,3 milhões, avanço de 80,6% em relação aos R$ 65 milhões registrados há um ano. Da receita líquida total, R$ 1,295 bilhão veio da venda de insumos (+95,3% em comparação ao terceiro trimestre de 2020) e R$ 549 milhões (+63,3%), da comercialização de grãos. Além disso, R$ 1,645 bilhão correspondeu à receita líquida orgânica e R$ 199,2 milhão, proveniente da aquisição das revendas Ferrari Zagatto e Boa Vista. No terceiro trimestre, o AgroGalaxy concluiu a aquisição da Ferrari Zagatto e assinou o contrato de compra e venda da AgroCat, operação já aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

Assim que concluída (a compra da AgroCat), representará um importante passo para a consolidação da presença nos Estados de Mato Grosso e Rondônia. A plataforma de insumos destacou que 45,5% das vendas foram realizadas em lojas abertas há mais de dois anos (same store sales) e que houve incremento de 42,1% na produtividade dos consultores técnicos de vendas (CTVSs), ou vendedores, medida por receita de insumos por CTV. Tal receita saiu de R$ 1,9 milhão há um ano para R$ 2,5 milhões agora. Os resultados foram recordes para um terceiro trimestre, assim como já haviam sido os outros trimestres do ano. Há crescimento em preço, mas também significativamente em volume, ganhando market share, além do crescimento inorgânico. Isso gerou uma margem bruta maior, além de conseguirmos diluir as despesas. O processo de transformação digital, no qual a companhia vem investindo, também contribuiu para alcançar os resultados. Segundo o comunicado, a receita proveniente de negócios realizados por meios digitais totalizou mais de R$ 1,7 bilhão desde outubro de 2020. No terceiro trimestre, somou R$ 712 milhões, 54,9% da receita líquida com insumos.

O app da companhia, AGXY, tem 4,1 mil produtores cadastrados, que atuam em uma área superior a 3,5 milhões de hectares. O AgroGalaxy é composto pelas marcas Rural Brasil, Sementes Campeã, Agro100, AgroFerrari, Sementes Boa Nova, Grão de Ouro, Boa Vista e Ferrari Zagatto. Atende cerca de 10 milhões de hectares de área plantada e conta com 126 lojas em 9 Estados. O AgroGalaxy registrou receita líquida de R$ 4,062 bilhões de janeiro a setembro de 2021, valor que representa crescimento de 55,3% ante os R$ 2,616 bilhões contabilizados em igual período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 148,4 milhões, alta de 168,1% na mesma base de comparação. Ainda no acumulado de nove meses de 2021, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 8,1 milhões, ante prejuízo de R$ 31,2 milhões no intervalo correspondente de 2020. Da receita líquida total, R$ 2,277 milhões foram provenientes da venda de insumos, 64,2% a mais do que o apurado em nove meses do ano passado.

De acordo com a companhia, já foram entregues aproximadamente 94% dos produtos referentes a pedidos para a safra de verão (1ª safra 2021/2022). A receita advinda de negócios realizados por meios digitais de janeiro a setembro, de R$ 1,188 bilhão, correspondeu a 52,2% do total obtido com insumos. Com grãos, a receita líquida foi de R$ 1,785 milhão, 45,2% maior do que no período equivalente de 2020. No período de doze meses anteriores a setembro, a receita líquida da empresa somou R$ 5,588 bilhões, 39,6% a mais do que no intervalo equivalente do ano anterior. O lucro líquido foi de R$ 129 milhões, alta de 69,1% na comparação anual, e o Ebitda ajustado, de R$ 346,8 milhões (+50%). O AgroGalaxy expandiu sua presença no Brasil no último ano com mais 33 lojas (novas ou que vieram junto com aquisições de revendas de insumos), atingindo 126 unidades no terceiro trimestre deste ano, 35,5% a mais do que as 93 contabilizadas há um ano.

Somente de julho a setembro de 2021, foram abertas cinco novas lojas e adicionadas outras 14 lojas da Ferrari Zagatto, revenda cuja aquisição foi concluída no período. As lojas atendem quase mil municípios do País, distribuídos do Pará ao Paraná. Em todo o ano de 2021, foram abertas 13 lojas além das adições de Ferrari Zagatto e Boa Vista, que somaram 20 lojas ao portfólio. O número de consultores técnicos de vendas (vendedores) saiu de 349 há um ano para 466 agora. Somente entre julho e setembro, 24 novos consultores foram contratados. Além disso, no mesmo período, oito novos silos foram incorporados à estrutura da companhia, totalizando 27. A empresa reportou ainda que o número de clientes atingiu 22,999 mil pessoas no terceiro trimestre, 37% a mais do que há um ano e número 22% superior ao de junho deste ano. A equipe também cresceu no período, 41% entre setembro de 2020 e igual mês de 2021, atingindo 2,073 mil pessoas. Em junho deste ano, eram 1,756 funcionários.

As empresas adquiridas no último ano pelo AgroGalaxy (Boa Vista, Ferrari Zagatto e Agrocat) garantiram à rede de distribuição de insumos um incremento de receita líquida de 38% em comparação com a receita líquida de 2020. Considerando o montante aportado pelas três companhias, a receita líquida total chega a R$ 5,725 bilhões. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra da Agrocat e no início de 2022 a operação será concluída. A empresa dá uma posição privilegiada em Mato Grosso e Rondônia. De modo geral, as receitas com insumos, venda de grãos e de defensivos agrícolas aumentaram na mesma proporção com a compra das empresas, enquanto as unidades de recebimento de grãos aumentaram em 63%, de 19 para 31. A Agrocat tem 11 lojas, das quais 8 Mato Grosso e 3 em Rondônia. Atende cerca de 90 municípios e 4 milhões de hectares. A receita no acumulado de 12 meses encerrados em junho somou R$ 835 milhões, dos quais R$ 418 milhões provenientes da venda de insumos. A companhia deve fechar o ano com mais de 130 lojas no País (hoje são 126 lojas).

O AgroGalaxy espera um bom resultado no quarto trimestre de 2021. A carteira de pedidos indica um bom quarto trimestre. Devido à sazonalidade da atividade agrícola, cerca de 50% do faturamento da empresa ocorre nos últimos três meses do ano. A companhia já entregou 94% dos fertilizantes necessários para a safra de verão de (1ª safra 2021/2022). No terceiro trimestre, os fertilizantes contribuíram com 42,9% da receita líquida de insumos, seguidos por sementes, que tiveram participação de 28,4%, e de defensivos agrícolas, com 23,4%. Tendo em vista a perspectiva de dificuldade no fornecimento de insumos agrícolas, a empresa vem trabalhando com fornecedores para garantir o suprimento necessário para a 2ª safra de milho de 2022. A empresa também contratou um profissional habilitado para o relacionamento com fornecedores. Tudo está organizado para entregar insumos para a safra de verão (1ª safra 2021/2022) e um plano para garantir insumos agrícolas para a safra 2022/2023.

Em 2022, o AgroGalaxy deve intensificar a oferta de soluções digitais. Entre essas soluções, oferecerá a possibilidade de contratação de seguro e crédito rural pelo aplicativo da empresa, o AGXY, bem como serviço de gestão financeira, informações relacionadas à fertilidade do solo e recomendações agronômicas. Atualmente, os clientes da empresa já contam, pelo sistema digital da AgroGalaxy, com imagens de satélite, barter, cotações de commodities e outros serviços. O aplicativo tem 4,1 mil produtores usuários. A partir de 2023, a perspectiva é que a área digital gere receita não apenas com pedidos de insumos e serviços, como também com o marketplace. Até lá, o plano é aprimorar os serviços de recomendação de insumos e ampliar o portfólio de seguros e financiamentos, entre outras soluções. A companhia tem conversado com fintechs para estabelecer parcerias visando a oferta de crédito aos clientes está estudando projetos para trazer parceiros de crédito, como fintechs. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.