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10/Nov/2021

DEERE & Co: greve nos EUA atrasando as entregas

Nos Estados Unidos, a greve dos trabalhadores da Deere & Co., companhia de máquinas agrícolas, que já dura semanas, tem deixado os revendedores preparados para atrasos nas entregas e os agricultores temendo preços mais altos. Na semana passada, membros do sindicato United Auto Workers (UAW) rejeitaram uma segunda proposta, elevando incertezas sobre a safra de outono, quando a produção regular pode ser retomada. As entregas de alguns equipamentos estão atrasadas há meses e a greve pode complicar ainda mais a situação. A Deere recusou-se a comentar os estoques e entregas de equipamentos.

A companhia informou que continuaria operando suas fábricas nos Estados Unidos com supervisores e outros funcionários não sindicalizados, e que a empresa está considerando o fornecimento de peças de reposição e maquinários de suas fábricas no exterior. Os revendedores disseram que estão recebendo apenas alguns equipamentos das fábricas da Deere, ao mesmo tempo em que funcionários não sindicalizados dão os últimos retoques nas máquinas que estavam estacionadas nas montadoras esperando a chegada das peças. A economia agrícola revigorada está impulsionando a demanda por novos equipamentos. Nos primeiros três trimestres do atual ano fiscal da Deere, suas vendas aumentaram 27% em relação ao ano anterior, e o lucro líquido mais que dobrou para US$ 4,7 bilhões. A empresa espera ganhar cerca de US$ 5,8 bilhões no ano inteiro.

As ações da companhia na sexta-feira fecharam em alta de 1,2% a US$ 355,20. Os preços dos equipamentos da Deere estão 8% mais altos para pedidos antecipados para 2022. A JP Morgan estimou que a empresa teria que aumentar os preços em 1,5% para cobrir os custos de mão de obra mais altos após a proposta de trabalho ser recusada pelos funcionários da empresa. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou, em setembro, que a receita agrícola líquida aumentaria 20% este ano para US$ 113 bilhões, o maior valor desde 2013, já as despesas de produção agrícola aumentariam mais de 7%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.