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05/Nov/2021

Nitrogenados: Rússia vai restringir as exportações

A Rússia anunciou que vai restringir as exportações de fertilizantes nitrogenados e fosfatados em volumes estabelecidos por cotas por seis meses. A fim de evitar escassez no mercado interno e, como resultado, um aumento nos preços dos alimentos. Para os nitrogenados, os embarques ficarão restritos a 5,9 milhões de toneladas e para adubos complexos contendo nitrogênio a 5,35 milhões de toneladas. A medida é válida a partir de 1º de dezembro.

O aumento dos preços do gás natural, insumo utilizado para fabricação de fertilizantes, gera consequências negativas nos mercados mundiais e que parte significativa do custo dos nitrogenados advém do valor do gás natural. O governo russo vai adotar medidas de controle aduaneiro para monitorar o cumprimento dos volumes a serem exportados. O Ministério da Indústria e Comércio terá poderes para distribuir os volumes entre os exportadores.

Este trabalho deve ser realizado em conjunto com o Ministério da Agricultura. A Rússia é um dos maiores exportadores de nitrogenados do mundo. A medida tende a agravar o aperto na oferta mundial de adubos, somando-se a restrições adotadas pela China e limitações nas exportações da Bielo-Rússia. Para o Brasil, a Rússia é um dos principais fornecedores de nitrato de amônio e de cloreto de potássio (Kcl).

No ano passado, o Brasil importou 7,583 milhões de toneladas de adubos da Rússia, respondendo por 22% do internalizado pelo País, segundo dados do Comextat (serviço de estatísticas de comércio exterior do Brasil). Neste ano até setembro, o adubo russo contribuiu com 23% do total importado pelas indústrias brasileiras, se consolidando como a maior origem com 6,705 milhões de toneladas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.