ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

28/Out/2021

Tecnologia: início oficial de leilão do 5G no Brasil

O leilão do 5G começou, oficialmente, nesta quarta-feira (27/10), com a entrega das propostas para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pelas empresas interessadas. A abertura dos envelopes ocorrerá no dia 4 de novembro. O leilão é visto como uma oportunidade de ampliar a quantidade de competidores no mercado de telecomunicações, que está passando por uma concentração com a venda da Oi Móvel para o grupo de rivais Vivo, TIM e Claro. Existe a expectativa de que provedores regionais, ou até mesmo novas empresas no ramo, se habilitem a prestar serviços de telefonia e dados móveis caso arrematem algumas das faixas que serão ofertadas. O leilão será crucial para definir o futuro do setor e dizer se este mercado terá novos entrantes ou se ficará circunscrito aos mesmos grupos. Se os provedores regionais de fato adquirem frequência, haverá uma desconcentração. Em tese, há espaço para isso. A faixa de 3,5 Ghz (a mais visada para o 5G) oferecerá quatro lotes nacionais no leilão.

Isso porque o certame foi desenhado numa época em que as quatro grandes teles atuavam no ramo. Mas, com a saída da Oi do setor móvel, sobrará um lote nacional à disposição de quem quiser se aventurar nesse mercado. Por outro lado, há um desafio grande para novos entrantes. Esse é um mercado altamente dominado. Para competir será necessário tirar cliente dos concorrentes, o que não é simples. Um novo entrante vai ter que tomar cliente dos outros para se viabilizar financeiramente. E o edital é rigoroso em exigir que se comprove a instalação da infraestrutura, o que acentua o risco de se investir sem ter um retorno à altura. Vivo, TIM e Claro são nomes certos na disputa. A Oi não participará. Aliás, seu contrato de venda da rede móvel a impede de disputar alguma das faixas. A subsidiária V.tal, voltada para construção de redes de fibra, também deve ficar de fora.

Operadoras regionais como Algar Telecom, Brisanet e o fundo Bordeaux (dono de Sercomtel) já confirmaram que vão disputar. O mesmo vale para a Iniciativa 5G, grupo que reúne 421 provedores regionais que constituíram uma empresa para representá-los no certame. Outro nome certo é a Highline do Brasil, uma empresa de construção e operação de torres e antenas de telecomunicações. Neste caso, o objetivo não é atender o consumidor final, mas sim construir uma rede neutra que possa ser 'alugada' a provedores regionais. Nos últimos meses, também foi ventilada a possibilidade de fundos de investimento entrarem no leilão com um modelo de negócios semelhante ao da Highline. É o caso do BTG Pactual, que declinou, e do Pátria, que respondeu que não comenta 'rumores de mercado'. A Alloha (novo nome da Eb Fibra, holding dona de Sumicity, Mob Telecom e Vip Telecom, entre outras) também era um potencial candidato.

A empresa informou apenas que está mais concentrada em fibra ótica no momento, sinalizando que não vai participar do certame. Este será o maior leilão já realizado pela Anatel, podendo movimentar R$ 49,7 bilhões. Desse total, R$ 10,6 bilhões são outorgas pelas faixas e R$ 39,1 bilhões, compromissos de investimentos na implementação das redes. As faixas leiloadas (700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHZ) servirão tanto para ativar o 5G quanto para ampliar o 4G. O governo calcula que o 5G vai gerar US$ 1,2 trilhão em investimentos nos próximos 20 anos. A nova tecnologia promete velocidades até 20 vezes superiores às atuais, além de um tempo de resposta (latência) baixíssimo entre os dispositivos conectados. Isso vai permitir o desenvolvimento de novas aplicações, desde carros sem motorista até inovações na indústria, mineração e agricultura, entre outros setores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.