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25/Out/2021

Terras: bom desempenho do agro eleva os preços

O bom desempenho do agronegócio nos últimos anos tem chamado atenção e há investidores buscando oportunidades no segmento. Isso pode ser observado na demanda por terras, por exemplo. O interesse em aplicar recursos na compra de áreas aumentou. Com alta na procura, o mercado rural está aquecido. O preço médio da terra para cultivo de grãos chegou a R$ 26.144,00 por hectare no Brasil, considerando áreas de elevada produtividade. Isso significa aumento nominal de 10,7% na comparação entre o primeiro bimestre deste ano e o segundo bimestre de 2020. Ao observar o que aconteceu em 12 meses, percebe-se valorização de até 24% na Região Centro-Oeste do País, por exemplo. Entre os 5 primeiros municípios onde as terras registram maior valorização em 12 meses, 4 estão em Mato Grosso, são eles: Sorriso, com 24% de alta no preço da terra (1 hectare = R$ 31.000,00).

Em segundo lugar, Campo Verde, com valorização de 23% (1 hectare = R$ 27.000,00). O mesmo ocorre em Primavera do Leste, que ficou na terceira posição. Em quarto lugar, está Nova Mutum, com alta de 23% em 12 meses (1 hectare = R$ R$ 29.500,00). Na lista das maiores valorizações das terras, em quinto lugar está Maringá, no Paraná, que registra aumento de 23% em 12 meses (1 hectare = R$ 43.000,00). As maiores altas foram observadas em Mato Grosso porque a região é referência em produção agrícola e porque houve disposição do mercado em negociar terras nos novos patamares de preço. No Paraná, o polo de Londrina em que Maringá está inserido, reportou aumento no cultivo de soja, o que impulsionou o valor das terras em função dos recordes da commodity no mercado.

Sabendo da valorização, os investidores têm buscado oportunidades também em áreas de menor preço, como as de agricultura mais recente ou as chamadas novas fronteiras agrícolas, que ficam em parte das Regiões Norte e Nordeste. Nessas áreas, o custo é menor e há terras de pastagens degradadas para fazer conversão para a lavoura e áreas para integração entre lavoura, pecuária e floresta, com possibilidade de até 3 safras ao ano. A alta dos imóveis rurais tende a continuar, seja pela aquecida demanda por commodities no mercado, seja pela oportunidade de incremento de produtividade. Já foi observada continuidade da procura por terras em polos como Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins, tanto para compra quanto para arrendamento. Se o agronegócio continuar a ganhar espaço no mercado mundial de alimentos, as terras seguirão se valorizando.