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15/Out/2021

Fretes: preços para agronegócio sobem em agosto

De acordo com estudo da plataforma online de transporte de cargas FreteBras, os preços do frete para o agronegócio aumentaram 3,26% por quilômetro por eixo em agosto na comparação com julho, atingindo R$ 1,02 por quilômetro rodado por eixo. O valor foi o maior registrado no mês na comparação com os outros setores. O levantamento mostra que, nos segmentos de produtos industrializados e de insumos para construção, os fretes ficaram em R$ 0,97 e R$ 0,96 por quilômetro rodado por eixo em agosto, respectivamente. No recorte nacional, o valor médio do frete por quilômetro por eixo foi de R$ 0,98 por quilômetro rodado por eixo, em agosto. Os dados fazem parte do Índice do Preço do Frete (IFPF) da plataforma que analisa mais de 5 milhões de fretes inseridos na plataforma até agosto de 2021 dos mais de 580 mil caminhoneiros cadastrados. Apesar de serem os fretes mais caros registrados em agosto, o custo para movimentação de cargas do setor cedeu 0,27% na comparação com igual mês do ano passado.

Foi registrado um aumento de 184% no volume dos fretes desta categoria, no período entre julho e agosto. Este cenário foi impulsionado pela etapa final da 2ª safra de 2021 do milho, que demandou mais viagens dos caminhoneiros para fazer os transportes, puxando o valor do frete para cima. A pesquisa apontou também que há um descasamento entre o valor do frete e o preço do óleo diesel. O preço pago pelo transporte rodoviário continua não acompanhando os sucessivos aumentos do combustível. A pesquisa revela que em um ano (agosto de 2020 a 2021) o custo nacional do transporte por quilômetro rodado por eixo subiu 1,58%, enquanto o diesel S500 avançou 37,25% no mesmo período. No recorte regional, a Região Norte apresentou o frete mais caro em agosto, de R$ 1,04 por quilômetro rodado por eixo, seguida pela Região Nordeste (R$ 0,99 por quilômetro rodado por eixo), pela Região Centro-Oeste (R$ 0,98 por quilômetro rodado por eixo), e pelas Regiões Sul e Sudeste (ambos com R$ 0,97 por quilômetro rodado por eixo). A maior alta mensal, contudo, foi observada na Região Centro-Oeste, com avanço de 1,95% em agosto ante julho.

Isso decorreu em parte da crise hídrica, que acarretou a paralisação da hidrovia Tietê-Paraná. Assim, para o transporte de grãos do percurso da Região Centro-Oeste até a Região Sudeste, os produtores tiveram que usar como alternativa o modal rodoviário, que é dois terços mais caro que o hidroviário. A Região Nordeste reportou queda de 3,27% por quilômetro rodado em agosto na comparação com julho, que foi puxada pelo aumento de 6% na oferta de veículos na região. Na comparação anual do frete, o maior aumento, de 2,07%, foi observado na Região Sul. A alta deve-se à maior demanda por caminhões para escoamento da produção de grãos da região, que foi 6,5% maior. A Região Norte caiu 4,84% em agosto deste ano frente igual mês do ano passado. Em agosto, a plataforma FreteBras contabilizou 43% a mais caminhoneiros disponíveis do que fretes na Região Norte, o que fez com que o mercado pagasse mais barato para realizar os transportes. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.