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04/Out/2021

LAVORO: expansão no Brasil e mira no Chile e Peru

Após comprar oito revendas de insumos agrícolas em 2020 e cinco neste ano, a Lavoro, maior grupo de distribuição do setor na América Latina, vai intensificar a abertura de novas lojas. Até o fim da safra 2021/2022, em junho do ano que vem, serão inauguradas mais 26 no Brasil, em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Tocantins, totalizando 182 pontos de venda. Foram integradas empresas na última safra e agora a fase é de acelerada expansão orgânica, segundo Marcelo Abud, há seis meses CEO do grupo controlado pelo Pátria Investimentos. No exterior, a Lavoro deve concretizar em breve o plano de ir além da Colômbia, onde atua desde 2017.

Há conversas avançadas no Chile e Peru. A meta é ao menos uma empresa em cada país. Os mercados chileno e peruano têm semelhanças com o colombiano, como a produção de frutas e um sistema de vendas não só por revendas, mas também por lojas bem pequenas, no qual a Lavoro adquiriu expertise. A distribuição, como no Brasil, é fragmentada, e há produção de soja e milho no Chile e no Peru. A diversificação de negócios e de geografia é estratégica para compensar eventuais perdas. Na Colômbia, a Lavoro adquiriu recentemente o grupo Cenagro, de fertilizantes e biofertilizantes, e espera a aprovação do órgão regulador local em poucas semanas. Aqui, o Pátria segue animado em fazer novas aquisições.

O foco está em regiões onde não atua, como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e Rio Grande do Sul. A Lavoro tem lojas nos Estados do Centro-Oeste, além de Tocantins, Rondônia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. As 22 empresas adquiridas pela Lavoro desde 2017, 5 delas neste ano, têm trazido retorno. O grupo vem crescendo entre 25% e 28% nos últimos anos e fechou 2020 com R$ 5,4 bilhões de faturamento. Na safra 2020/2021, encerrada em junho, somou R$ 6 bilhões. Para 2021, a expectativa é manter o ritmo. As especialidades – biodefensivos e adubos especiais – terão peso crescente: em 2020/2021, representaram 5% do negócio. Em 2024/2025, devem chegar a 10%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.