ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

29/Set/2021

Logística: preocupação com oferta de contêineres

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) aguarda resposta do governo federal em relação ao pedido do agronegócio, que reivindica medidas para aliviar a oferta apertada de contêineres para exportação. Técnicos dos Ministérios da Infraestrutura e da Economia se comprometeram a elaborar um estudo sobre as medidas solicitadas. É um problema de mercado de ordem global, sobre o qual o governo não tem ingerência. Não é responsabilidade do governo, que não tem contêiner para ceder ao setor produtivo. Mas, como órgão regulador, o governo ajudar no enfrentamento dessa questão, com medidas de regulamentação. A bancada ruralista pede, entre outros pleitos, que o governo agilize normativas e busque mecanismos para ampliar a oferta de transportadores marítimos (armadores) no País e de incentivo à indústria de contêineres.

É preciso dar condições para que os armadores operarem no País, com investimentos em infraestrutura e reduzindo o custo de produção. Além disso, flexibilizar medidas que possam trazer maior volume de contêineres ao setor privado, como o BR do Mar entre os projetos que precisam ser acelerados para incentivar o transporte marítimo no País. A Política de Estímulo à Cabotagem ainda está em tramitação no Senado. A informação da elaboração do estudo foi repassada pelos técnicos à FPA em uma reunião no dia 23 de setembro. O governo se dispôs a fazer este estudo a fim de minimizar os efeitos negativos sobre o agro. Técnicos da Secretaria Nacional de Portos também participaram do encontro. Trata-se de uma crise internacional. São embarcadores privados.

Quem fabrica contêineres, quem transporta e está no comércio internacional. O movimento de recorrer ao governo partiu de uma série de entidades da indústria e do setor exportador do agronegócio brasileiro, que acionaram a FPA por meio do Instituto Pensar Agro (IPA). Um ofício foi encaminhado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) aos Ministérios da Infraestrutura e da Agricultura em 26 de agosto, requerendo uma reunião presencial o mais urgente possível com os respectivos ministros para discutir um plano de contingência para o transporte marítimo. A reunião ainda não foi agendada. Os impactos percebidos pela crise marítima sobre o setor agropecuário brasileiro são difusos e tendem a afetar severamente a cadeia produtiva interna e as atividades exportadoras.

Alguns segmentos do agronegócio, como exportadores de café, já relatam prejuízos nos embarques e faturamento externo pela falta de contêineres para comercialização externa. Aqueles que encontram as estruturas para exportação relatam atrasos nos embarques, filas para envio das mercadorias e aumento expressivo no custo do transporte. O preço de um contêiner para a China passou de US$ 2 mil para US$ 12 mil, alta de 500%, em meio à demanda internacional crescente e ao aumento do preço do aço. A logística representa metade do custo de produção agrícola. O custo no Brasil para levar soja até o porto é 80% maior do que a média dos outros países. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.