17/Set/2021

Segundo o Rabobank, em relatório trimestral sobre as commodities agrícolas, os preços internacionais dos principais fertilizantes devem se manter firmes, próximos dos patamares atuais, pelo menos até o fim deste ano. As cotações globais dos adubos tendem a se manter sustentadas pela forte demanda e pelo elevado preço das commodities. Desde 2020, os elevados preços das commodities vem colaborando na demanda de fertilizantes. Estes fatores já foram responsáveis pelo encarecimento dos insumos nos últimos meses. No Brasil, o preço médio da ureia subiu 68% nos últimos 12 meses, atingindo US$ 471,00 por tonelada em agosto.

Na mesma base comparativa, o fosfato monoamônico (MAP) e o cloreto de potássio (Kcl) avançaram 116% e 188%, respectivamente. O recente aumento nos preços dos fertilizantes reduziu um pouco o poder de compra dos produtores e pode dificultar nas novas vendas, mas, nada que afete consideravelmente o mercado. Em compensação, no primeiro semestre deste ano, o poder de compra favorável dos produtores e a expectativa de boas margens para soja, milho e algodão, beneficiaram a demanda nacional para as safras 2020/2021 e 2021/2022. Além do consumo aquecido pelos insumos, as incertezas relacionadas à oferta dos principais ativos contribuem para a sustentação das cotações internacionais, especialmente para os fosfatados e potássicos.

No mercado de fosfatados, entre as incertezas está a tentativa do governo chinês em garantir o abastecimento interno e o retorno das inspeções ambientais, o que pode limitar as exportações chinesas desse macronutriente no segundo semestre deste ano. Para os potássicos, as tensões políticas entre União Europeia, Estados Unidos e Bielorrússia devem direcionar os preços do ativo. Embora não deva haver novas sanções, o mercado ainda deve focar no assunto nos próximos meses. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.