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13/Set/2021

Fertilizantes potássicos: preços firmes no Brasil

Segundo o Itaú BBA, as cotações dos fertilizantes nitrogenados e dos fosfatados recuaram nas últimas semanas no Brasil diante da desaceleração das aquisições destes adubos pelos agricultores brasileiros. As cotações da ureia apresentaram leve queda, a US$ 469,00 por tonelada na última semana. Já o fosfato monoamônico (MAP) passou de US$ 770,00 por tonelada no Brasil na última semana de julho para US$ 720,00 por tonelada na primeira semana de agosto. Os potássicos, por sua vez, se mantêm em patamares sustentados no mercado interno em meio à finalização das compras do insumo pelo agricultor. O indicador de preços do cloreto de potássio (Kcl) subiu 7,1% na comparação com a primeira de setembro e a primeira de agosto, atingindo US$ 750,00 por tonelada no dia 3 de setembro. Sobre os nitrogenados, apesar do menor ritmo de compras e recuo dos preços, as entregas de ureia para a safra verão de milho (1ª safra 2021/2022) continuam fortes.

No mercado internacional, o macronutriente iniciou este mês com preços sustentados em virtude dos impactos do furacão Ida nas indústrias produtoras dos Estados Unidos que precisaram paralisar parcialmente a produção. No caso da ureia, o mercado está aguardando uma nova licitação de compra pela Índia, que estava prevista para acontecer na segunda metade de agosto, porém ainda não foi anunciada. Em relação ao mercado dos fosfatados, a queda dos preços no mercado brasileiro deve-se ao fato de grande parte dos produtores já estar abastecida para a safra de verão (1ª safra 2021/2022) e aos níveis pouco atrativos para agricultores fecharem novos negócios. Em contrapartida, no mercado internacional, as cotações continuam em tendência de alta.

Essa valorização decorre da demanda aquecida pela Índia com novos leilões para compras de MAP e de algumas plantas fabris norte-americanas terem sido atingidas pelo furacão Ida, paralisando a produção até a manutenção operacional. Além disso, parte das barcaças também foi danificada e o país também enfrenta problemas para escoar o produto. Para os potássicos, tanto no mercado doméstico quanto no internacional, as cotações estendem movimento de alta, diante das incertezas quanto à disponibilidade global do insumo dadas as sanções da União Europeia (UE) à Bielo-Rússia. A Bielo-Rússia é o segundo maior produtor de potássicos do mundo e responsável por 14% do nutriente importado pelo Brasil. Essas restrições seguem sem detalhamentos, o que aumenta a preocupação dos destinos do insumo. Em adição a este cenário, a demanda pelo Kcl está aquecida no continente asiático, principalmente na Índia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.