31/Ago/2021

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) afirmou que a Ferrogrão pode gerar uma competição de ferrovias que não existe hoje no Brasil. É importante ter ferrovias que competem pela mesma originação. A ferrovia ainda precisa passar pelo processo de leilão para sair do papel. Pelo projeto, a Ferrogrão se estenderia de Sinop (MT) a Miritituba (PA), com extensão de 933 Km, transportando as cargas do centro e do norte de Mato Grosso para o Arco Norte.

Hoje, apenas a Ferronorte está em Mato Grosso e a orientação da linha férrea é em direção aos portos mais ao sul, como o de Santos (SP). Essa competição pode baratear ainda mais os preços. Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a ferrovia deverá transportar cerca de 20 milhões de toneladas até 2030, podendo mais que dobrar nos anos seguintes. Essa projeção pode chegar até 50 milhões de toneladas no fim da concessão, que é daqui a 69 anos. Em cada pernada, os vagões transportam em torno de 16 mil toneladas, ou seja, o equivalente a 400 caminhões. Além disso, há ganhos ambientais e de redução do tráfego na BR-163, o que também traria economia na manutenção da rodovia.

O uso intensivo de caminhões faz com que o asfalto se desgaste com uma rapidez maior. A iniciativa privada tem apostado na infraestrutura por causa do setor agrícola. O aumento da produção, em especial a de grãos, nos últimos anos, nas regiões de fronteira agrícola tem mudado o panorama dos investimentos. Só em Mato Grosso, a expectativa é que se produza 125 milhões de toneladas de grãos até 2030. Também há perspectiva de crescimento da produção no MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Fonte: Canal Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.