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24/Ago/2021

Fertilizantes: previsão de maior demanda no Brasil

Segundo o Rabobank, no relatório semestral "Perspectivas para o mercado global de fertilizantes", o Brasil deve consumir 43,1 milhões de toneladas de fertilizantes neste ano. Se confirmado, o volume será 6% maior que o utilizado nas lavouras brasileiras no ano passado, quando foram entregues 40,6 milhões de toneladas ao consumidor final. O poder de compra favorável dos agricultores durante o primeiro semestre e as expectativas de margens elevadas para as safras de soja, milho e algodão nesta temporada (2020/2021) e na próxima (2021/2022) serão os principais fatores para a demanda de fertilizantes neste ano. Acompanhando o crescimento do consumo, o volume importado pela indústria doméstica tende a ser 11% maior este ano, já que o País importa mais de 80% do que utiliza.

A previsão de importações é de 36,5 milhões de toneladas, sendo que 16,3 milhões de toneladas já foram internalizadas no primeiro semestre do ano. Apesar da perspectiva de incremento no consumo interno de adubos, o recente aumento nos preços globais dos fertilizantes somado ao incremento de outros custos agrícolas reduziu o poder de compra dos agricultores. Mas, pode não afetar consideravelmente a demanda até o segundo trimestre de 2022. O Rabobank também citou a antecipação, cada vez mais acelerada, das compras de fertilizantes pelos produtores brasileiros, impulsionada pelos preços elevados das commodities agrícolas. O movimento vem ocorrendo desde o ano passado, mas ganhou força nos primeiros seis meses do ano.

Alguns produtores foram ao mercado no primeiro semestre em busca de volumes de fosfato e potássio para a safra de soja de 2022/2023. Algumas empresas conseguiram abastecer os agricultores e alguns negócios da safra 2022/2023 já foram concluídos. Por outro lado, mesmo com os produtores dispostos a antecipar as compras de insumos, nem todas as empresas de fertilizantes têm interesse em vender o produto um ano antes do prazo de entrega. Isso ocorre porque os produtores de fertilizantes no exterior não estão acostumados a trabalhar nesses termos e, como resultado, parte do risco relacionado à volatilidade dos preços teria de ser assumido pelos vendedores locais. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.