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19/Ago/2021

Fertilizantes: poder de compra do produtor recua

Segundo levantamento da Mosaic Fertilizantes, o produtor brasileiro teve reduzido seu poder de compra de fertilizantes em julho deste ano, em comparação com igual mês de 2020. A companhia calcula a relação entre fertilizante e commodity por meio do Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), que mensura os preços dos adubos e das commodities em dólar. Em julho, o IPCF ficou em 1,20 ante 0,90 de julho do ano passado e 1,04 de junho deste ano, números que significam que os adubos estão menos acessíveis para os produtores. O valor de julho foi o maior observado desde 2017.

O índice de julho refletiu o cenário firme do mercado de fertilizantes, com demanda internacional aquecida e aperto da oferta, acentuado por perdas de produção na América do Norte. Em julho, houve maior estabilidade do câmbio e incremento dos preços das duas principais commodities do índice (soja e milho). Apesar das oscilações, é válido destacar que a rentabilidade das principais lavouras continua positiva, estimulando o investimento em tecnologia.

O Brasil deverá colher em 2021/2022 mais uma safra recorde de grãos e deverá embarcar um volume recorde de fertilizantes. O IPCF é divulgado mensalmente e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes (fosfato monoamônico, superfosfato simples, ureia e cloreto de potássio) e de commodities agrícolas. O cálculo do IPCF considera as principais culturas brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão. O índice também é ponderado pela variação do câmbio no período analisado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.