06/Ago/2021
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou, nesta quinta-feira (05/08), que a construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) começa neste mês. Em junho, o Ministério da Infraestrutura, através da Valec, obteve junto ao Ibama a licença para o início da construção de 383 quilômetros de trilhos da ferrovia entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT). A construção da Fico será realizada pela Vale, resultado da prorrogação antecipada do contrato da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), em parceria com a Valec. Cerca de R$ 2,7 bilhões, que seriam pagos em outorga à União, serão investidos pela Vale na construção. Já em relação à Norte-Sul, no fim de julho foi inaugurado terminal rodoferroviário em Rio Verde (GO), construído pela Rumo, concessionária do trecho de 1.537quilômetros entre Porto Nacional (GO) e Estrela D’Oeste (SP).
O ministro salientou que a Ferronorte ou Malha Norte da Rumo, que conecta Mato Grosso e Mato Grosso do Sul à Malha Paulista e permite o escoamento de grãos da Região Centro-Oeste pelo Porto de Santos (SP), vem movimentando cada vez mais carga. O ministro também reforçou o compromisso do órgão de entregar a BR-163 recém-concedida à iniciativa privada em boas condições. O Movimento Pró-Logistica destacou a importância para o escoamento de Mato Grosso da Fico, da Ferrogrão e da extensão dos trilhos da Ferronorte de Rondonópolis (MT) a Lucas do Rio Verde (MT). São três grandes ferrovias sendo disponibilizadas ao transporte de grãos de Mato Grosso. Destaque para a evolução da infraestrutura de escoamento para o Arco Norte. Em 2009, saíam por volta de 9,5 milhões de toneladas pelos portos do Norte e em 2020 foram 42,3 milhões de toneladas. Este ano, a expectativa era escoar 46 milhões de toneladas, mas houve quebra do milho em Mato Grosso. O transporte ferroviário de Rondonópolis (MT) ao Porto de Santos (SP) vai absorver por volta de 22 milhões de toneladas.
Ainda com relação aos portos, a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) ressaltou que o modelo de portos privados do Arco Norte vem tendo crescimento mais acelerado em participação na movimentação de cargas, enquanto o condicionado a investimentos dos governos estaduais ou do governo federal nas Regiões Sul e Sudeste enfrenta mais dificuldade de crescer. Todos os portos brasileiros, diante do crescimento que se espera da produtividade e da área plantada, ou seja, da produção agregada brasileira, entram num perigoso modelo de gargalo. Então, é preciso investimento, e o investimento privado é mais direcionado e pulverizado. O Arco Norte já responde por mais de 20% e vai chegar a 30% no caso da soja. No milho é mais forte ainda o Arco Norte por característica da produção. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.