06/Ago/2021
Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), um aumento na importação de milho e trigo diante da quebra de safra no Brasil, em momento em que a demanda por fertilizantes está forte, deve apertar a logística para escoamento desses produtos importados. Essa situação já gerou gargalo recente em porto de Santa Catarina. O País importou cerca de 80% do fertilizante consumido em 2020. O Brasil elevou em 11,1% as importações de fertilizantes em 2020, para 32,87 milhões de toneladas, enquanto a produção brasileira caiu 10,5%, para 6,37 milhões de toneladas. Neste primeiro trimestre, a produção nacional de fertilizante continuou caindo 11%, enquanto a importação disparou 23%. O problema de dependência do exterior de certa forma começa a se agravar um pouco mais. Há 15 dias, o porto em Santa Catarina teve problemas de muita entrada, isso se agrava conjunturalmente com as geadas, pois resultam em quebra de safra, o que leva a aumento de importações.
Com a quebra de safra por seca e geadas, o Brasil que já é um grande importador de trigo tem elevado importações de milho. Com a possível a perda das safras também concorre a importação, que começa a chegar um pouco maior, em Santa Catarina teve problema com a entrada de fertilizantes. O setor terminou 2020 com queda de 8,7% nos estoques finais de fertilizantes, para pouco mais de 6 milhões de toneladas, enquanto a demanda cresceu 11,9% em 2021, e as entregas totais somaram 40,56 milhões de toneladas no ano passado. Para este semestre, o setor precisa de muita atenção para gerenciar a logística. A demanda dos produtores está forte, apesar da alta dos preços dos fertilizantes, uma vez que a relação de troca entre produtos agrícolas e insumos segue favorável ao agricultor.
Em 2020, houve problemas de fluxos de oferta de logística, devido a questões ligadas à pandemia, o que colaborou para a alta dos insumos. A importação de milho pelo Brasil praticamente dobrou no primeiro semestre, para mais de 900 mil toneladas, embora a maior parte tenha vindo do Paraguai, pelo modal rodoviário. Para o segundo semestre, a logística deve se concentrar nos portos, à medida começou a chegar o cereal da Argentina, que vem de navios. Apenas a companhia JBS já anunciou que está trazendo o equivalente a 30 navios com milho da Argentina, e prevê que o País importará pelo menos 4 milhões de toneladas de milho em 2021. Em 2020, as importações do cereal somaram 1,37 milhão de toneladas, segundo números do governo. Fonte: Money Times e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.