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05/Ago/2021

Defensivos Biológicos: aumento do uso no Brasil

Segundo a CropLife Brasil, os defensivos biológicos representam hoje aproximadamente 2% do mercado de defesa vegetal (que inclui os agroquímicos) e seu peso deve crescer nos próximos anos. Daqui a uns cinco ou dez anos, os biológicos devem chegar a uns 20% do mercado de defesa vegetal. O País tem atualmente 433 produtos biológicos registrados, dos quais 62,1% microorganismos. Entre 2019 e 2020, houve um salto nos registros de biológicos, saindo de 43 para 95. Em 2021, os registros de defensivos biológicos já chegam a 39. Além disso, em 2020 foram registrados 217 agroquímicos pós-patente e 9 agroquímicos novos. Neste ano, foram autorizados 124 defensivos agroquímicos pós-patente e 2 novos. Com relação a ingredientes ativos para agroquímicos, o número de registros foi de 3 em 2019, 5 em 2020 e 7 até o momento neste ano.

O número de registros de ingredientes ativos é muito baixo ante a necessidade do setor e o que a indústria pode ofertar. É destaque o aumento da adoção de defensivos biológicos nas lavouras de soja, milho e algodão. No caso da soja, o percentual da área agrícola que utilizou este tipo de produto saiu de 18% em 2019 para 36% neste ano. Nas plantações de algodão, a adoção saiu de 40% há dois anos para 49% agora. Quanto ao milho, 35% das plantações utilizaram biológicos neste ano, ante 18% em 2019. A CropLife Brasil chamou a atenção para a relação de troca entre defensivos e produtos agrícolas, mais favorável atualmente do que em anos anteriores, em virtude da valorização do dólar ante o Real e da dificuldade da indústria, dependente de insumos importados, em repassar essa alta ao preço final.

Em abril deste ano, os produtores de Mato Grosso precisaram desembolsar, em média, 6,2 sacas de 60 Kg de soja para adquirir um pacote de defensivos, ante cerca de 9 sacas de 60 Kg em 2020 e mais de 10 sacas de 60 Kg em 2019 e 2018. No Rio Grande do Sul, a relação em abril era de 12,2 sacas de 60 Kg milho por pacote de defensivo, ante cerca de 25 sacas de 60 Kg no ano passado. A indústria precisará repassar aos poucos a alta atrelada à valorização do dólar. Não vai haver falta de defensivos químicos ou biológicos, como se tem falado, mas haverá um ajuste de preços que já vem vindo e é natural. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.