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28/Jul/2021

Fertilizantes Especiais: faturamento deve avançar

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) no Anuário Brasileiro de Tecnologia em Nutrição Vegetal 2021, divulgado nesta terça-feira (27/07), a indústria de fertilizantes especiais registrou faturamento de mais de R$ 10 bilhões em 2020, crescimento de 41,8% em relação aos R$ 7,1 bilhões obtidos em 2019. Entre as categorias de produtos, os foliares avançaram 29,9% em faturamento; os fertilizantes especiais para solo se expandiram 73%; os destinados ao tratamento de sementes, 101,6%, e os voltados à fertirrigação e hidroponia, 63,8%. O setor também elevou no ano passado os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), totalizando R$ 349 milhões. O investimento médio do setor em P&D nos últimos seis anos é de 4,17% do faturamento. A cultura da soja continuou sendo a que mais demanda fertilizantes especiais, correspondendo a 46,7% das vendas das empresas do setor. Na sequência ficou o café (10,7%), o milho (10,6%), cana-de-açúcar (9,6%), frutas (8,4%) e hortaliças (5,9%).

Os Estados que mais se destacaram no ranking do uso de fertilizantes especiais em 2020 foram São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Goiás. O mercado de substratos para plantas também registrou aumento do faturamento em 2020, atingindo R$ 290 milhões, alta de 31,8% em comparação a 2019. Em contrapartida, o segmento de condicionadores de solo de base orgânica faturou R$ 72,9 milhões no ano passado, queda de 11,2% ante 2019. As empresas de fertilizantes especiais preveem um crescimento médio de 24% do faturamento em 2021, em relação aos mais de R$ 10 bilhões registrados em 2020. Na pesquisa nacional com as associadas da Abisolo, para a elaboração do anuário, foi solicitado aos participantes indicar expectativas para seu segmento neste ano. Os 24% são uma média das estimativas dos segmentos consultados. Os representantes de fertilizantes minerais líquidos esperam crescimento de 28% em faturamento; fertilizantes minerais sólidos, 19%; os de orgânicos líquidos preveem recuo de 12%; os de orgânicos sólidos, avanço de 22%; a indústria de organominerais líquidos deve crescer 29%, e a de organominerais sólidos, 28%.

Além do levantamento, em abril a Abisolo realizou a 10ª edição do Índice de Confiança da entidade, que mede as expectativas de gestores das empresas associadas em relação a fundamentos que impactam seus negócios. O índice adota uma escala de 0 a 200 pontos, na qual 100 pontos indicam neutralidade, abaixo de 100, pessimismo, e acima de 100, otimismo. Para seis das nove questões feitas aos entrevistados, incluindo expectativa de expansão da agricultura nos próximos 12 meses, intenção de investimentos em infraestrutura, recursos humanos e pesquisa e desenvolvimento, há hoje otimismo no setor, com índices superando os 100 pontos. Contudo, desde abril observa-se pessimismo das empresas associadas quanto as políticas públicas nos próximos 12 meses (índice de 80 pontos em abril), ao desempenho da economia nos próximos 12 meses (84 pontos) e ao comportamento das taxas de câmbio no mesmo período (94 pontos). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.