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21/Jul/2021

Logística: defesa da sustentabilidade da Ferrogrão

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, voltou a defender o projeto de construção da Ferrogrão, que encontra percalços para sair do papel diante de protestos de organizações ligadas à proteção do meio ambiente. Tarcísio, que recentemente classificou o discurso ambiental contra a obra como "cortina de fumaça" criada por quem não quer o ambiente de competição que será imposto com o novo traçado. Ele afirmou que nenhum dos ativistas que se coloca contra a ferrovia já percorreu a BR-163 (rodovia que hoje escoa carga alvo da Ferrogrão) ou conhece profundamente o projeto idealizado pelo governo.

Para Freitas, quem defende, por exemplo, a duplicação da BR-163 em detrimento da Ferrogrão, mostra não entender de sustentabilidade. A discussão sobre a extensão da Ferronorte (Malha Norte, operada pela Rumo) como uma melhor saída não considera o debate sobre aumentar a competição no setor. O ministro questiona como um empreendimento ferroviário, que funciona como barreira verde, tira um milhão de toneladas de CO2 ano da atmosfera, promove plantio compensatório e vai nascer com selo verde, que se submete ao processo de licenciamento ambiental, pode não ser sustentável.

Atualmente, o andamento do projeto está parado em razão de uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo envolve a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará. Além da ação no STF, o Ministério Público Federal (MPF) e mais cinco organizações da sociedade civil pediram ao Tribunal de Contas da União (TCU) que o projeto fosse barrado provisoriamente, neste caso por uma discussão envolvendo o momento de consulta aos povos indígenas afetados pela ferrovia.

O governo está confiante nos argumentos jurídicos que buscam reverter a decisão do STF. O projeto de concessão da Ferrogrão prevê 933 quilômetros de trilhos, ligando Sinop (MT) à Miritituba (PA), nas margens do Rio Tapajós, no Pará. Só para implantar a ferrovia serão necessários R$ 8,4 bilhões de investimentos privados. A obra é projetada para ser o principal centro de escoamento de grãos de Mato Grosso, papel que hoje é exercido pela BR-163. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.