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14/Jul/2021

Fertilizantes: preços devem continuar sustentados

Segundo o Itaú BBA, as cotações dos fertilizantes nitrogenados e dos fosfatados devem continuar sustentadas no curto prazo. Esses macronutrientes já tiveram fortes valorizações ao longo de junho. As ofertas restritas e a demanda aquecida estão sendo os fatores de elevação. No caso dos nitrogenados, os preços continuaram o movimento de alta em junho em virtude da menor oferta mundial de adubos, principalmente provenientes da China, e da demanda forte do Brasil para aplicação na safra verão (1ª safra 2021/2022), que será semeada a partir de setembro. Os rumores de taxação para exportação de fertilizantes da China também contribuíram para impulsionar as cotações ao longo do último mês.

A perspectiva é de que pelo menos até o final do período de aquisição do Brasil e da Índia as cotações continuarão sustentadas. Em relação ao mercado dos fosfatados, Brasil e Índia, assim como nos nitrogenados, mantêm as compras e as entregas aquecidas, mesmo com o fim do período de aplicação dos Estados Unidos. A oferta chinesa, assim como nos nitrogenados, está menor para o mercado externo e a possibilidade de taxação também afeta os fosfatados. Diante da baixa disponibilidade do insumo e da demanda aquecida, as cotações do fosfato monoamônico (MAP) atingiram US$ 760,00 por tonelada no Brasil em junho.

Sobre os potássicos, a alta de junho foi motivada pelo temor da falta de produto nos países que estão em período de aplicação diante das sanções da União Europeia (UE) à Bielo-Rússia. Isto porque a principal saída do macronutriente para exportação é o Porto na Lituânia, que faz parte da União Europeia e, por sua vez, não será permitida. As alternativas são os portos na Rússia e Ucrânia. A Bielo-Rússia é o segundo maior produtor de potássicos do mundo e responsável por 14% do nutriente importado pelo Brasil. Os produtores brasileiros que ainda não adquiriram os adubos para a safra de verão (1ª safra 2021/2022) poderão enfrentar, além dos preços mais elevados, o risco da falta de disponibilidade dos insumos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.