13/Jul/2021

A argentina GDM Seeds vê espaço para atingir neste ano 60% de participação no mercado brasileiro de sementes de soja, ante os atuais 54%. Com cinco centros de pesquisa no País e um de produção, a empresa vem ampliando e modernizando unidades no Centro-Oeste, para expandir as pesquisas e a oferta de produtos para a região. "Éramos uma empresa focada no Sul. Agora estamos atuando mais no Centro-Oeste", contou em entrevista o diretor de Negócios para a América Latina, Santiago de Stefano. Além disso, a companhia vem desenvolvendo variedades de milho e espera entrar neste mercado, com seus primeiros lançamentos comerciais, em 2022. A expectativa do executivo é que o faturamento no País, de R$ 400 milhões em 2020, cerca de um quarto dos US$ 285 milhões registrados globalmente no período, cresça 70% em 2021, para cerca de R$ 680 milhões. Além do ganho de market share, lançamentos e previsão de expansão da área plantada com soja no Brasil na safra 2021/2022, a valorização da commodity e o câmbio corroboram a perspectiva.

"Nosso negócio é baseado na commodity (soja). O que o nosso parceiro (multiplicador de semente) paga para utilizar a tecnologia tem relação direta com o preço do grão", explica o executivo. A GDM conta hoje com cinco estações experimentais de pesquisa, em Passo Fundo (RS), Cambé (PR), Rio Verde (GO), Lucas do Rio Verde (MT) e Porto Nacional (TO). Nesta última, a companhia investiu no ano passado R$ 7 milhões para a estruturação da Estação de Cria (cruzamentos entre linhagens de elite de soja para criação de novas variedades). A empresa tem ainda uma unidade de produção de sementes em Votuporanga (SP). Neste ano, a empresa está montando uma nova unidade de pesquisa em Lucas do Rio Verde (MT), que abrigará não só pesquisas relacionadas a variedades de soja como também de milho, com foco no estado de Mato Grosso, bem como uma equipe comercial. As obras devem começar entre novembro e dezembro e terminar no fim do primeiro semestre de 2022.

"Será nossa principal unidade em Mato Grosso”, afirma De Stefano. Os investimentos no local, da ordem de R$ 23 milhões, permitirão expandir a área de 800 metros quadrados para quase 2,5 mil metros quadrados. A GDM também está ampliando as pesquisas de variedades para o mercado de Goiás. Em Rio Verde, está sendo construída uma nova unidade, que deve ficar pronta até o fim de 2021 e absorverá ao redor de R$ 10 milhões em investimentos. O local terá áreas para pesquisa e equipe comercial. De Stefano explica que, por ora, a empresa deve continuar trabalhando com a mesma rede de multiplicadores de sementes, de aproximadamente 160 empresas. "Pode ter alguma mudança, mas a ideia no momento é crescer com esses mesmos parceiros", afirma. A GDM trabalha com todas as biotecnologias liberadas para o mercado brasileiro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.