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28/Jun/2021

Irrigação: VALLEY cresce com expansão de vendas

A resposta do governo ao setor de irrigação, com mais recursos no Plano Safra 2021/2022, ajudará a impulsionar as vendas da Valley, que detém de 55% a 60% do mercado de pivôs centrais no País. Ainda assim, Renato Silva, diretor-presidente no Brasil do grupo Valmont, proprietário da marca Valley, diz que os recursos do Proirriga, de R$ 1,35 bilhão, tendem a se esgotar antes do fim da temporada, em 30 de junho de 2022. É que a demanda pelos equipamentos disparou com o boom de preços das commodities e o desejo de investir após a quebra da segunda safra de milho por causa da seca. Mas o crescimento de 28,6% no volume de recursos para irrigação é relevante, enfatiza Silva. A Valley prevê vendas 20% a 30% maiores no País este ano.

O grupo Valmont investiu R$ 60 milhões para aumentar em 40% a capacidade produtiva na fábrica em Uberaba (MG), hoje de 1.200 pivôs por ano. A obra deve ser concluída em 2022. No atual ano-safra, que termina dia 30, os recursos a juros controlados também terminaram mais cedo, no começo do ano. Mas, como a Selic estava baixa, produtores tomaram crédito a juros livres. Outras linhas competitivas surgiram. Isso ajudou a manter o mercado aquecido. A alta da Selic em junho, para 4,25% ao ano, não assusta, mas o setor está atento à evolução da taxa. A preocupação é se continuar subindo, porque o juro pode se distanciar dos programas do Plano Safra.

A irrigação tem potencial de movimentar R$ 2,5 bilhões no Brasil em 2021, 25% acima do ano anterior. De um lado, está a preocupação com sustentabilidade, já que os pivôs permitem ampliar a produção sem abrir novas áreas. De outro, a busca por garantir rendimentos em um cenário de preços atrativos, sobretudo de grãos. Em geral, anos de seca puxam as vendas. A Valley deve ampliar a sua rede de distribuição no País, chegando a 100 pontos de venda até o fim deste ano. Em 2020, eram 82. A ideia é atrair novos irrigantes. Há todo um processo de licenciamento ambiental, outorga, projeto; é preciso ter um ponto próximo do produtor. Com a ampliação da fábrica, a meta é exportar para toda a América Latina - hoje atende a Uruguai e Paraguai - e para países da África. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.