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17/Jun/2021

Armazenagem: menos burocracia e mais crédito

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) lançou, nesta quarta-feira (16/06), a campanha "Armazém para Todos" para fomentar o investimento em estruturas de armazenagem de grãos no Estado e no resto do País. O setor agrícola brasileiro precisa desburocratizar o crédito de armazenagem, pelo menos equiparando o valor ao disponibilizado para a aquisição de máquinas agrícolas, que é cinco vezes maior, no âmbito do Plano Safra. A entidade defende uma linha de crédito adicional ao Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) do Plano Safra, com juros possivelmente atrelados à Selic. Nesse sentido, estão envolvidos nas discussões o Ministério da Agricultura, o Ministério da Infraestrutura e alguns bancos, com destaque para o Banco do Brasil.

A entidade considera que seria bom se fosso possível conseguir R$ 3 milhões para armazenagem, com metade desses recursos destinada a pequenos produtores. Com qualquer tamanho de área produzida, o produtor tem viabilidade para construir um armazém, com estrutura proporcional ao que produz. Mato Grosso é o Estado que mais estoca grãos do País, concentrando 22,2% da capacidade nacional de armazenagem. São 2.211 unidades, que abrigam mais de 38 milhões de toneladas. Contudo, o déficit entre o armazenamento e a produção veio crescendo nos últimos anos e hoje é de 32 milhões de toneladas. Nos últimos dez anos, a produção estadual de soja e milho evoluiu em mais de 43 milhões de toneladas. Mas, a capacidade de armazenagem aumentou apenas 11,88 milhões.

O Estado precisaria ampliar entre 22% e 25% ao ano a sua capacidade estática para acompanhar o avanço previsto para a produção de grãos e manter o déficit atual até 2030. Na apresentação da campanha, a Aprosoja também reforçou a importância da construção de armazéns para ampliar a rentabilidade do produtor, que teria a possibilidade de barganhar preços, em vez de comercializar os lotes antecipadamente, a preços mais baixos. Além disso, garantiria a disponibilidade de alimento o ano todo, reduzindo os custos de produção da indústria de proteína animal e os gastos dos consumidores finais nas gôndolas dos supermercados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.