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16/Jun/2021

Banco CNH Industrial amplia empréstimos em 2020

O Banco CNH Industrial atingiu em 2020 no Brasil um total de empréstimos de R$ 3,2 bilhões, 30% acima do montante de 2019, disse o presidente do banco, Heberson Goes. Do total, 57% foram para financiamento de máquinas agrícolas de marcas da empresa, 18% para as de construção e 25% para veículos comerciais da marca Iveco. Goes informou também que a carteira em 2020 chegou a R$ 11,2 bilhões, 11% acima de 2019. “Fomos o segundo maior repassador de recursos do BNDES em 2020 e o primeiro entre bancos de montadora”, destacou o presidente do banco. O executivo comentou que a CNH Serviços financeiros tem no mundo gestão de US$ 26,6 bilhões em ativos, incluindo uma corretora de seguros. Do montante, 10% estão na América do Sul, 41% na América do Norte, 43% na Europa e 6% na África, Ásia e Oceania. O Banco CNH Industrial registrou lucro líquido de R$ 160 milhões em 2020 no Brasil, ante R$ 175 milhões em 2019. A receita bruta atingiu R$ 971 milhões, acima dos R$ 934 milhões verificados em 2019.

“A queda no lucro líquido se deu por um efeito contábil, em razão de alguns benefícios fiscais em 2019 e aumento da alíquota em 2020”, explicou a diretora financeira do banco, Fabiola Temponi e Góes. O Banco CNH Industrial atua com empréstimos para concessionárias e clientes finais nos segmentos agrícola, de máquinas de construção e veículos comerciais. A executiva destacou a queda na inadimplência entre 2019 e 2020, de 1% da carteira de 2019, de R$ 10,1 bilhões, para 0,7% da carteira do ano passado, de R$ 11,2 bilhões. Outra mudança observada nos últimos anos foi o peso das fontes de recursos alternativas ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) utilizadas pela instituição financeira para atender clientes. Era 17% em 2018, subiu para 32% aproximadamente em 2019 e atingiu 37% no ano passado. As captações por meio de CDB (título de renda fixa) mais do que triplicaram entre 2019 e 2020, saindo de R$ 655 milhões naquele ano para R$ 2,002 bilhões no ano passado.

“A demanda por CDBs vinda de pessoas físicas foi muito positiva no ano passado”, comentou Fabiola. “Quando oportunidades de captação que o banco utilizava, como Letras Financeiras, se fecharam no ano passado em virtude da pandemia, vimos o CDB como oportunidade e conseguimos distribuir (o título) para pessoas físicas e jurídicas também, como pequenas e médias empresas”, complementou o tesoureiro do Banco CNH Industrial, Gustavo Bakai. O presidente do Banco CNH Industrial, Heberson Góes, comentou que não espera um Plano Safra 2021/2022 "muito diferente" do de 2020/2021, no que se refere à oferta de recursos para financiamento de máquinas agrícolas, em especial por meio do Moderfrota. "Sabemos que o foco do governo nos últimos anos tem sido proporcionar taxas controladas para pequenos e médios produtores, motivo pelo qual o Banco CNH Industrial tem ido ao mercado buscar fontes adequadas de funding. Vamos manter presença forte e constante no mercado de capitais", afirmou Góes. Apesar da expectativa quanto ao Plano Safra 2021/2022, a perspectiva de demanda por crédito para a instituição é positiva, na avaliação do executivo.

Além de o banco contar com alternativas para o financiamento de produtores rurais, Góes reforçou que o cenário positivo para a agricultura brasileira deve continuar sustentando as vendas de máquinas agrícolas. "Considerando que a agricultura tem sido um catalisador do nosso PIB, a visão é de que o agricultor não vai deixar de investir", argumentou. Mesmo a perspectiva de aumento da Selic e de taxas de juros não devem comprometer a previsão otimista, conforme Góes. "Boa parte dessa expectativa (de aumento da Selic para o ano) já está precificada na curva futura de juros", explicou. Como os financiamentos de máquinas agrícolas têm prazos mais estendidos (5 a 7 anos), as taxas que servem de referência para a definição das taxas cobradas de clientes são as de juros futuros. A diretora financeira do banco, Fabiola Temponi e Góes, reforçou que neste momento os três mercados em que a instituição financeira opera, agrícola, de construção e veículos, estão aquecidos. "O aquecimento do mercado nesse momento tem absorvido o aumento das taxas de juros", acrescentou o diretor comercial de marketing do banco, Márcio Contreras. Fonte: Agência Estado.