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14/Jun/2021

Defensivos Biológicos: VITTIA faz investimentos

O Vittia, grupo de São Joaquim da Barra (SP) que produz inoculantes, defensivos biológicos e fertilizantes especiais, concluiu investimentos de R$ 100 milhões em nova fábrica de produtos biológicos, a maior da América Latina. Com a unidade, o grupo mais do que dobra sua capacidade de produção destes insumos, suficiente para suprir a demanda no País neste ano e em 2022. A nova fábrica está em uma área contígua à nossa unidade principal e terá capacidade produtiva de 5 milhões de litros/quilos de produtos biológicos por ano, como inseticidas, nematicidas, fungicidas e inoculantes. Na unidade, há soluções que estão na fronteira do conhecimento no que se refere a manejo de culturas, e que contribuirão para a sustentabilidade da produção agrícola. O investimento marca também os 50 anos do Grupo Vittia no Brasil, celebrados em 2021.

Até então, a produção de defensivos biológicos do Vittia estava dividida entre São Joaquim da Barra (SP) e Uberaba (MG), sede da Biovalens, empresa de controle microbiológico de pragas e doenças, adquirida pelo Vittia em 2017. Agora, toda a produção de defensivos biológicos ficará concentrada no interior de São Paulo. A unidade de Uberaba (MG) está sendo desativada. Junto com a nova fábrica, instalada em um terreno de 110 mil metros quadrados, o Vittia construiu também um novo Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&DI), com área de 1,3 mil metros quadrados. O centro anterior tinha limitações física relevantes que contrastavam com o crescimento da empresa e das equipes. Os investimentos em aumento da capacidade produtiva fazem parte dos planos do Vittia de manter um ritmo de crescimento nos próximos anos, em alguns casos acima da média dos mercados em que atua.

Aquisições recorrentes de novas empresas e a oferta inicial de ações (IPO), colocada em segundo plano temporariamente, também integram a estratégia. Entre 2014 e 2020, o faturamento do Grupo Vittia cresceu 169%, chegando a R$ 576 milhões no ano passado, 20% acima dos R$ 479 milhões de 2019. Para 2021, é possível um incremento superior aos 20%, em virtude da incorporação das operações das duas empresas adquiridas no segundo semestre de 2020, Vitória Fertilizante, de Patos de Minas (MG), de fertilizantes organominerais à base de resíduos animais, e JB Biotecnologia, de Paraopeba (MG), focada em agentes macrobiológicos (insetos predadores) para o controle de pragas. A empresa está em uma trajetória importante de crescimento com os defensivos biológicos, que não deve parar tão cedo e faz investimentos, inclusive em expansão da capacidade fabril, que não será marginal, para aumentar a oferta.

De imediato, o Vittia está aumentando a produção nas instalações existentes, ao mesmo tempo em que busca áreas para comprar, que abrigarão novas instalações fabris. Em São Joaquim da Barra (SP), está sendo estudada a possibilidade de aquisição de terrenos por mais de um ano. No segmento de defensivos biológicos, o Vittia cresceu de forma expressiva desde 2017, quando entrou neste mercado por meio da aquisição da Biovalens, de Uberaba (MG), especializa em controle microbiológico de pragas e doenças. Naquele ano, a empresa faturou R$ 5 milhões, segundo Castro. Em 2020, o montante chegou a R$ 55 milhões. Hoje, entre os três maiores players do setor com atuação no Brasil (ao lado de Simbiose e Koppert), a companhia quer assumir a liderança neste segmento no curto prazo. Para 2021, o plano é atingir crescimento acima do projetado para o mercado, de 33%, segundo a CropLife Brasil, entidade que reúne empresas, especialistas e instituições dos segmentos de sementes, mudas e proteção de cultivos. O mercado de defensivos biológicos deve movimentar R$ 1,789 bilhão neste ano.

Grande parte do crescimento do Vittia em biológicos virá de produtos já registrados, que terão expansão de uso por parte dos clientes. Destaque para o registro obtido no ano passado do primeiro e único, até o momento, fungicida biológico para controle da ferrugem asiática da soja. Há previsão de um novo inseticida, cujo registro deve ser obtido em breve, destinado à cana-de-açúcar. O mercado de cana-de-açúcar é ávido por produtos biológicos que, em geral, são mais efetivos no manejo de pragas do que produtos químicos. O Vittia tem 170 engenheiros agrônomos no campo, a maior equipe de uma empresa que atue no segmento de biológicos, além do maior número de agentes biológicos registrados. O Vittia também é líder nacional no mercado de inoculantes, primeira categoria de produto produzida pela companhia no ano de sua fundação, em 1971. Está, além disso, entre as três maiores empresas de fertilizantes especiais do Brasil.

Entre as operações de nutrição especial, inoculantes e defensivos biológicos, o grupo soma sete unidades industriais no País: além das duas em São Joaquim da Barra (SP) e outras duas em Paraopeba e Patos de Minas, em Minas Gerais, há uma em Serrana (SP), uma em Ituverava (SP), base da Granorte, adquirida em 2004, e outra em Artur Nogueira (SP), sede da empresa de nutrição e defensivos Samaritá, comprada em 2014. A estratégia de expansão em 2021 e nos próximos anos passa ainda por aumento constante da rede de distribuição de insumos da companhia. Hoje, o Vittia possui distribuição nacional por meio de 54 cooperativas e 474 revendas agrícolas. O grupo vem fortalecendo sua presença em cooperativas. Há um plano muito forte de expansão com a Coopercitrus, com a Cooplacana, de Piracicaba (SP), e no Paraná existem projetos para controle biológico com revendas consolidadas e cooperativas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.