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01/Jun/2021

Defensivos: faturamento da ADAMA cresce em 2020

A companhia israelense de agroquímicos Adama, controlada pela chinesa ChemChina - controladora também da suíça Syngenta - registrou em 2020 faturamento 5% maior do que em 2019, saindo de US$ 696 milhões para US$ 727 milhões no ano passado. "Foi o melhor ano em vendas da Adama", disse o CEO no Brasil e vice-presidente sênior global da Adama, Romeu Stanguerlin. A empresa também alcançou 6% de participação no mercado brasileiro, cerca de 0,5% acima do apurado em 2019. Segundo o executivo, a Adama vem conquistando, em média, acima de 0,5% de participação a cada ano. O resultado da Adama difere do registrado no setor, cujo faturamento em dólar encolheu 10,4% em 2020, chegando a US$ 12,1 bilhões, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).

A forte valorização do dólar ante o Real ao longo do ano passado foi o principal fator da queda, já que empresas negociaram com produtores os insumos em Real no início de 2020, com câmbio próximo de R$ 4,20, e receberam o pagamento meses depois quando a moeda norte-americana estava bem acima de R$ 5,00. Assim, caiu a receita em dólar, moeda com a qual a indústria adquire a maior parte das matérias-primas necessárias à produção. Stanguerlin admite que a forte valorização do dólar ante o Real em 2020 reduziu a rentabilidade da companhia, assim como de "todas as empresas" de defensivos. Mas reforçou que "misturas exclusivas" da Adama, que lidera o acesso a ingredientes ativos no mundo, com 270 registrados, garantiram o resultado. "Estamos crescendo em vários segmentos (de defensivos) por meio de misturas exclusivas e formulações diferenciadas, que representaram 50% do nosso faturamento de 2020", afirmou.

"Também fomos impactados (pela variação cambial) na nossa rentabilidade. O aumento das vendas em dólar foi devido ao maior volume de vendas, ao nosso portfólio e às parcerias com nossos distribuidores e cooperativas que suportaram esse crescimento", acrescentou. Para 2021, a perspectiva é de um crescimento ao redor de 10%, o que elevaria o faturamento a aproximadamente R$ 800 milhões. "O grande impulsionador são cinco novos produtos, misturas exclusivas e formulações diferenciadas que temos para este ano", diz o executivo. No médio prazo, a Adama tem a meta de dobrar a receita no País até 2025, para US$ 1,4 bilhão. A inauguração em 2022 de uma nova fábrica de fungicidas em Taquari (RS), onde a empresa já conta com um complexo de produção, integra o plano. Nela, estão sendo investidos R$ 200 milhões para a produção da síntese de ingredientes ativos de novos produtos, de acordo com Stanguerlin. A Adama possui hoje 11 unidades de produção em Londrina (PR) e o complexo de produção em Taquari (RS). Fonte: Agência Estado.