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21/Mai/2021

Fertilizantes: setor pode destravar produção de gás

O segmento de fertilizantes tem o potencial de destravar a produção de gás natural no Brasil. Encontrado em larga escala na região do pré-sal, o energético tem sido subaproveitado, em vez de ser consumido como matéria-prima pela indústria petroquímica para atender o setor agrícola. Sem estrutura de escoamento e um mercado consumidor significativo, o gás do pré-sal está sendo injetado de volta nos campos marítimos.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelam que quase a metade da produção nacional de gás retorna ao solo marítimo. São extraídos diariamente 126 milhões de m³ e reinjetados, 59 milhões de m³ por dia. Esse volume só aumenta, à medida que cresce a produção no pré-sal. A integração do negócio de gás ao de fertilizantes chegou a ser idealizada pela Petrobras, no passado.

De olho no potencial do pré-sal de inundar o mercado brasileiro de gás, a estatal planejou construir mais duas fábricas de fertilizantes, como as que já detinha em Sergipe, Bahia e Paraná (fechada em 2019). À época, o plano era instalar as novas unidades no Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais, regiões agrícolas. A ideia era aumentar a capacidade de produção de amônia em 600 mil toneladas e a de ureia em 1,2 milhão de toneladas, para reduzir a importação dos dois produtos. A empresa dominou o mercado produtor de ureia e respondia por cerca de 40% da de amônia, até 2015.

No ano seguinte, no entanto, mudou de ideia e inseriu seus ativos no programa de desinvestimentos. A partir daí, o foco passou a ser a área de exploração e produção de petróleo e gás, além de parte do refino. Os demais elos da cadeia estão sendo, aos poucos, repassados a terceiros para a empresa se concentrar num segmento mais restrito de negócio, que considera mais rentável. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.