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11/Mai/2021

Cafeicultores buscam eliminar uso de defensivos

Muitos produtores de café, em especial das novas gerações, participam da certificação 4C (Código Comum para a Comunidade Cafeeira), um padrão de sustentabilidade internacional. Esses produtores não fazem mais capina nas entrelinhas e usam o controle químico de forma seletiva, além de avaliar a introdução de árvores no cafezal, pois o sombreamento ajudaria. Outras empresas já focam na qualidade e sustentabilidade na produção. A italiana Illycaffè premia os melhores produtores pagando até 30% acima da cotação por esses grãos cultivados de acordo com as normas ambientais e sociais.

A Realcafé investe em parcerias com os produtores para a produção de cafés especiais que leva em conta o grau de sustentabilidade. Conforme a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), o Brasil tem o maior número de propriedades com certificações socioambientais do mundo, mas nem todo café produzido com sustentabilidade é vendido com bonificação. Em média, apenas 30% são vendidos como café sustentável. O mundo clama por um café assim, mas não quer pagar o prêmio. Porém, durante a pandemia, aumentou a venda de café certificado, devido à preocupação maior das pessoas com a segurança alimentar.

O café especial é avaliado pelas suas características sensoriais em uma escala de 0 a 100 pontos, enquadrando-se apenas os que pontuam de 80 para cima. A BSCA, que agrega 70 mil cafeicultores em todo o País, incluiu a sustentabilidade na pontuação do café especial. O bom café não pode ser elitizado, porque a produção está mais atrelada ao manejo do que ao investimento. Mesmo que não consiga um preço elevado na venda, o produtor ganha na redução de custos com o manejo sustentável. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.