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06/Mai/2021

Defensivos: área tratada cresceu no 1º trimestre

Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (05/05) pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), a área tratada com defensivos no primeiro trimestre aumentou 7%, para 562,7 milhões de hectares. Em igual período do ano passado, a área somou 525,9 milhões de hectares. O cálculo é feito a partir da multiplicação da área cultivada (1ª safra + 2ª safra + 3ª safra) pelo número de aplicações, para cada produto. Alguns problemas nas lavouras, como a ocorrência de mosca-branca em lavouras de soja, levaram a um aumento de 25% das aplicações de defensivos destinados à praga. A mosca-branca ataca também plantações de algodão e feijão. Houve incremento ainda de 22% nas pulverizações para combate a ácaros e de 10% para percevejos. O setor vem observando maior incidência dos insetos sugadores, como os próprios percevejos, cigarrinha e pulgão, nas lavouras brasileiras.

O fenômeno ocorre também nos Estados Unidos, em função da adoção de novas sementes com biotecnologias que conferem resistência a lagartas. Com isso, diminuem as aplicações de defensivos que também matavam os sugadores. Já há produtos no mercado para combater sugadores, mas vários também estão se tornando resistentes. Defensivos que aguardam registro no Brasil poderiam contribuir. Nas lavouras de soja, na safra 2020/2021, que termina no fim de junho, houve um aumento do uso de defensivos para ferrugem asiática, nematoides, percevejos, ácaros, mosca-branca, doenças de fim de ciclo (DFC) e capim amargoso. Em plantações de milho, cresce a demanda por agroquímicos que combatam sugadores, manchas foliares, lagartas e destinados ao tratamento de sementes e gramíneas. A cigarrinha também tem sido verificada em pastagens. Para o algodão, a procura é crescente por soluções para enfrentar o bicudo e a ramularia, entre outras pragas e doenças.

A renovação das safras (1ª safra e 2ª safra) também aumenta a oferta de alimento para as pragas, é algo que ocorre no Brasil. Além do aumento da temperatura global, que favorece o surgimento de insetos. Em volume, foram aplicadas 349 mil toneladas de defensivos no primeiro trimestre de 2021, ante 333 mil em igual período do ano anterior (+4,8%). Houve crescimento no uso em tratamento de sementes (12,6%), fungicidas (11,8%), inseticidas (6,8%) e outros produtos (5,8%). Em contrapartida, se verificou redução na aplicação de herbicidas (-0,5%). Quando se considera a participação de cada categoria de produto no volume aplicado, os inseticidas foram responsáveis por 27% do total; fungicidas, 24%; herbicidas, 39%; tratamento de sementes, 1%, e outros, 9%. Quanto à área tratada, os inseticidas foram aplicados em 32% dos 562,7 milhões de hectares, ou 179 milhões de hectares; fungicidas, 21% ou 120,6 milhões de hectares; herbicidas, 15% ou 82,6%; tratamento de sementes, 8%; e outros, 24%.

Em relação às culturas mais demandantes de aplicações, a soja corresponde a 45% da área tratada e 43% do valor de mercado; milho, 33% da área e 27% do mercado; algodão, 11% e 11%, respectivamente; e cana-de-açúcar, 3% e 9%. O valor de mercado atrelado a aplicações de produtos em lavouras de soja chegou a US$ 1,6 bilhão. No caso do milho, o valor foi de US$ 1 bilhão. Para o algodão, US$ 416,8 milhões e, para cana-de-açúcar, US$ 323,1 milhões. Mesmo sendo um dos maiores produtores agrícolas mundiais, o Brasil aplica menos defensivos por hectare que países de clima temperado, que têm apenas uma safra por ano. Os defensivos agrícolas disponíveis no mercado brasileiro têm eficácia comprovada pela ciência e segurança garantida por diversos órgãos regulatórios. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.