27/Abr/2021

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, expôs na última sexta-feira (23?04), o conflito que se colocou à frente do maior projeto ferroviário do País, a Ferrogrão. Segundo ele, há uma utilização de "inocentes úteis" para barrar a ferrovia e que o discurso ambiental contra a obra é uma "cortina de fumaça" criada por quem não quer o ambiente de competição que será imposto com o novo traçado. A questão grande da Ferrogrão é que ela vai ser o maior regulador de tarifa do Brasil. Então, aqueles que vão competir com a ferrovia não querem a Ferrogrão e aí é usam o discurso ambiental contra a ferrovia, afirmou o ministro. Atualmente, o andamento do projeto está parado em razão de uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).

O processo envolve a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará. Além da ação no STF, o Ministério Público Federal (MPF) e mais cinco organizações da sociedade civil pediram ao Tribunal de Contas da União (TCU) que o projeto fosse barrado provisoriamente, neste caso por uma discussão envolvendo o momento de consulta aos povos indígenas afetados pela ferrovia. Freitas sugeriu que ONGs e povos indígenas estariam sendo usados por interesses diversos ao da proteção ambiental e do respeito a essas comunidades. O ministro também rebateu alegações de que a Ferrogrão não seria um empreendimento viável. Segundo ele, o governo avançou no projeto porque recebeu o retorno positivo da iniciativa privada.

O ministro defendeu que a Ferrogrão se traduz num balanço ambiental extremamente positivo. O projeto de concessão da Ferrogrão prevê 933 quilômetros de trilhos, ligando Sinop (MT) a Miritituba (PA), nas margens do Rio Tapajós, no Pará. Só para implantar a ferrovia serão necessários R$ 8,4 bilhões de investimentos privados. A obra é projetada para ser o principal centro de escoamento de grãos de Mato Grosso, papel que hoje é exercido pela BR-163. O ministro comentou ainda o que seria, para ele, um contrassenso no discurso de quem se opõe a Ferrogrão, pois a ferrovia vai ser transformadora para a logística, vai tornar o produtor brasileiro mais eficiente da porteira para fora. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.