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20/Abr/2021

Biodefensivos: mercado deverá avançar este ano

Segundo a CropLife Brasil (entidade que reúne empresas, especialistas e instituições que atuam na pesquisa e desenvolvimento de sementes, mudas e proteção de cultivos), o mercado de defensivos biológicos deve movimentar R$ 1,789 bilhão neste ano, 33% mais do em 2020, quando atingiu faturamento de R$ 1,342 bilhão. Entre 2019 e 2020, o crescimento deste mercado já havia sido expressivo, de 42%. Até 2030, o mercado de defensivos biológicos deve mais do que dobrar (107%) e chegar perto de R$ 3,7 bilhões. Estes dados incluem apenas a produção feita pela indústria, sem considerar a chamada produção "on farm", feita na propriedade rural por produtores ou empresas de produtos agrícolas.

Hoje, cerca de um terço dos problemas do campo (pragas e doenças) já pode ser enfrentado com produtos biológicos. Em dez anos, entre 67% e 75% das pragas e doenças existentes no Brasil poderão ser enfrentadas também por produtos biológicos. A indústria entende que são tecnologias complementares e que o uso conjunto de ferramentas (químicos, biotecnologia e biológicos) é bem-vindo. A regulamentação do mercado de biológicos, entre 2006 e 2008, foi o primeiro fator a impulsionar o processo de adoção de produtos da categoria no Brasil.

Além disso, a busca de produtores rurais por formas de manejo que ajudem a diminuir a resistência de pragas e ervas daninhas a agroquímicos é outro motor que vem estimulando o crescimento do mercado de biológicos no País. O aparecimento de lagartas Helicoverpa armigera em plantações brasileiras também foi determinante para o mercado. Mesmo hoje, com o avanço das ciências agrícolas, as perdas decorrentes de pragas e doenças são, em média, de 37,5%, podendo variar de 10% a 90%, então há um grande incentivo para se encontrar maneiras de superar os problemas. Além disso, a aplicação dos biológicos muitas vezes antecede o surgimento das pragas, para estabelecer o equilíbrio do meio e ajudar na efetividade de outros defensivos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.