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20/Abr/2021

Biodefensivos: soja eleva participação no mercado

Segundo pesquisa da CropLife Brasil, a cultura de soja vem ganhando participação no mercado de biodefensivos. Em 2019, as vendas para lavouras da oleaginosa representaram 41% do mercado, de R$ 946 milhões. No ano passado, o percentual subiu para 44% de um total de R$ 1,342 bilhão e a expectativa para 2021 é de que 46% da receita prevista, de R$ 1,789 bilhão, venha de vendas para a oleaginosa. A maior rentabilidade dos produtores de soja na última safra é apenas uma das causas do fenômeno. O maior interesse de fabricantes em desenvolver soluções para a cultura, uma das mais importantes do agronegócio brasileiro, também explica o crescimento das vendas de biológicos para soja. É muito natural que a indústria e todos os players acabem priorizando a cultura no primeiro momento. A cultura da soja é uma grande referência no mercado de manejo de nematoides e o foco em eliminar o problema tem sido uma força motriz no segmento de biológicos também.

Problemas com lagartas e sugadores em plantações de soja são outros fatores de estímulo para que os produtores busquem alternativas de controle. Além do peso da cultura da soja para os defensivos biológicos, a pesquisa identificou que 20% do faturamento deste mercado no ano passado veio da cultura da cana-de-açúcar. Em seguida aparecem a do milho, com 10% de participação; frutas e hortaliças (HF), com 8%; algodão, 5%; café, 2%; e 11% proveniente de outras culturas. Para este ano, espera-se que a participação das vendas para cana-de-açúcar permaneça em 20%; para o milho deve recuar a 9%; frutas e hortaliças, queda de 7%; algodão, manutenção em 5%; café, em 2%; e outras culturas, em 11%. Para a soja, os incrementos de vendas mais acentuados foram de soluções para combate de sugadores, que aumentaram 77% entre 2019 e 2020 e devem crescer 84% neste ano.

A demanda foi crescente também, nos últimos anos, para o combate a nematoides, insetos, lagartas e por fungicidas foliares. No caso da cultura da cana-de-açúcar, a maior procura tem sido por nematicidas, que aumentou 70% no ano passado e deve crescer 75% neste ano. Soluções para a broca, cigarrinhas e fungicidas também têm sido muito procuradas pelo setor. Considerando as categorias de produtos mais vendidas para a soja, aparecem os bionematicidas, com estimativa de R$ 277 milhões em 2021, 36% a mais do que em 2020; e bionseticidas, com R$ 272 milhões projetados para este ano, avanço de 60% ante o ano passado. Quanto à cana-de-açúcar, lideram as vendas os bionematicidas, com previsão de R$ 187 milhões em 2021, 75% acima de 2020, e os bioinseticidas, que devem movimentar R$ 161 milhões, 5% a mais do que no último ano.

Segundo a CropLife Brasil, o País tem hoje 433 produtos biológicos registrados, dos quais 57% são bioinseticidas, 10% feromônios, 8% biofungicidas, 6% bionematicidas, 5% reguladores de crescimento, entre outras categorias de produtos. O mercado de biodefensivos é formado por substâncias químicas naturais, que incluem os semioquímicos (feromônios e aleloquímicos) e bioquímicos (hormônios reguladores de crescimento e enzimas), e pela categoria de agentes biológicos de controle. Esta inclui organismos vivos que controlam populações de pragas e doenças, subdivididos em microbiológicos (vírus, bactérias, protozoários e fungos) e macrobiológicos (insetos, ácaros e nematóides). Atualmente, dos 433 biodefensivos registrados, 62% são microbiológicos, 15% macrobiológicos, 12% bioquímicos e 10%, semioquímicos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.