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08/Abr/2021

Aviação Agrícola: crescimento limitado em 2020

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), o Brasil encerrou 2020 com uma frota aeroagrícola de 2.352 aeronaves, crescimento de 3,16% ante o início de 2020. O saldo positivo de 72 aeronaves agrícolas em 2020 confirmou o crescimento previsto em setembro. Apesar da alta, o número representa queda de 3,92% em comparação a 2018 e 3,74% ante o fim de 2017. O limite já era previsto, em razão da alta do dólar ante o Real a partir de março do ano passado e da volatilidade do câmbio, que desestimularam algumas compras previstas. Com a pandemia, o dólar subiu e vieram as incertezas. Porém, na sequência, veio a alta das commodities e isso se refletiu na retomada da compra de aeronaves. Das 2.352 aeronaves de 2020, 2.331 eram aviões, ante 2.264 em 2019, e 21 helicópteros, acima dos 16 do ano anterior.

A maior demanda por helicópteros tem vindo principalmente de produtores com áreas de terreno acidentado e mais obstáculos ou sem pista de pouso de curta ou média distância. O levantamento identificou também que, das 2.352 aeronaves de 2020, 1.459 (62,03% do total) pertencem a 266 empresas terceirizadas que se encarregam do trato de lavouras para os produtores, os chamados operadores de Serviço Aéreo Especializado (SAE). O número representa incremento de 38 aparelhos ante 2019. Outras 869 aeronaves (36,95%), entre aviões e helicópteros, estão com cerca de 650 operadores privados (categoria TPP, segundo a Anac), ou seja, fazendeiros, cooperativas ou usinas que têm seus próprios aviões. O crescimento, neste caso, foi de 34 aeronaves. Há ainda 24 aviões que são propriedade de governos ou autarquias federais ou estaduais, além de protótipos e aeronaves de instrução.

Além disso, da frota de 2020, 1.135 eram aviões e helicópteros movidos à gasolina de aviação (avgas), 48,26% do total; 744 (31,63%) são aviões movidos a etanol; e 473 (20,11%) são aeronaves que utilizam querosene de aviação (qav). Para 2021, a perspectiva é de retomada do número da frota, com o anúncio feito pela Embraer da venda de 27 aeronaves só no primeiro bimestre, mais do que os 25 aviões vendidos pela empresa em todo o ano de 2020. A tendência de crescimento para 2021 só não se confirmará se houver queda das cotações das commodities ou quebra significativa de safras, por fatores climáticos, por exemplo. Mato Grosso continua sendo o Estado com a maior frota aeroagrícola do País, com 550 aeronaves (23,4% do total), 26 a mais do que em 2019. Em segundo lugar permanece o Rio Grande do Sul, apesar de o Estado ter diminuído em cinco aviões sua frota, para 421 aeronaves (17,9%). São Paulo manteve a terceira posição, com 333 aviões e helicópteros (16,2%), seis a menos do que em 2019.

Em Mato Grosso, a maior parte das aeronaves está nas mãos de operadores privados (TPP). O Estado conta com 233 TPPs e 31 empresas aeroagrícolas (SAE). No Rio Grande do Sul, a frota está preponderantemente nas mãos de terceirizados: são 72 operadores SAE no Estado, contra 42 produtores que têm seus próprios aviões (TPP). Em 14 Estados a frota aumentou, enquanto em outros 6, diminuiu. Em 4o Estados da Federação, o número de aeronaves não mudou. A lista da frota por Estado leva em conta o domicílio do operador (empresa ou produtor rural) que de fato opera a aeronave, e não o proprietário. Dentre as fabricantes de aeronaves, a Embraer segue líder do mercado, com 55,66% ao fim de 2020 ou 1.308 aviões em operação, ante 56,32% em 2019. Em segundo lugar está a norte-americana Air Tractor, com 19,22% do mercado aeroagrícola nacional. Estão presentes no Brasil, ainda, outras 14 empresas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.