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06/Abr/2021

Máquinas Agrícolas: safra recorde impulsiona setor

O segmento de máquinas agrícolas foi diretamente responsável pelo avanço da indústria de bens de capital no País nos primeiros meses de 2021. Sob a expectativa de o Brasil ter uma colheita recorde na temporada 2020/2021, a produção de colheitadeiras, plantadeiras, semeadeiras e tratores, entre outras máquinas e implementos voltados à agricultura, cresceu 36,3% no primeiro bimestre em comparação com o mesmo período de 2020, segundo a Produção Industrial Mensal (PIM) – Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, a produção de bens de capital subiu 16,6% nessa mesma base de comparação. O desempenho contrasta com o resultado total da indústria, que em janeiro e fevereiro já refletiu os efeitos da piora da pandemia e do cenário econômico. No primeiro bimestre, a indústria geral avançou apenas 1,3%. Os bens de capital para a agricultura têm um ganho importante, de dois dígitos, e puxam o desempenho da categoria de bens de capital. A projeção de safra recorde está na base desse crescimento.

Na edição mais recente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, de fevereiro, o IBGE estimou que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no País será de 263,1 milhões de toneladas neste ano. O volume é 3,5% maior (ou o equivalente a 9 milhões de toneladas a mais) que as 254,1 milhões de toneladas de 2020. Após retrações no primeiro e no segundo trimestres do ano passado (no comparativo com os mesmos períodos de 2019, as quedas foram de 5,1% e 16,5%, respectivamente), a produção de bens de capital para a agricultura ganhou tração. As altas foram de 13,4% no terceiro trimestre e de 36,8% no quarto, ritmo que se manteve nos dois primeiros meses de 2021.

Assim como a produção, o faturamento do setor de máquinas e equipamentos agrícolas cresceu em ritmo expressivo no primeiro bimestre. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamento (Abimaq), nos primeiros dois meses deste ano, a receita do segmento foi de R$ 26,3 bilhões, montante 27,4% maior que o do mesmo intervalo de 2020. O agro também tem puxado o avanço de outro nicho de bens de capital, o de transportes, composto principalmente por caminhões. A produção do segmento cresceu 12,6% no primeiro bimestre.

O bom momento do setor agrícola também é impulsionado pela disparada das cotações internacionais das principais commodities exportadas pelo Brasil no primeiro trimestre do ano, como soja e milho. Principal força do agronegócio brasileiro, a soja registrou o maior preço médio desde 2013 para o trimestre, com alta de 54,2% em comparação com o mesmo período de 2020. A expansão do setor agrícola também favorece outro nicho de bens de capital, que é o voltado para transportes, composto principalmente por caminhões.

O segmento também é destaque entre os bens de capital, com expansão de 12,6% no primeiro bimestre de 2021 em relação a igual período do ano anterior, após alta de 7% no quarto trimestre de 2020. Os bens de capital para transporte também se destacam na categoria, puxados principalmente pela exportação de caminhões. Mas, o setor agrícola também impulsiona de alguma forma a produção de caminhões. A produção de defensivos agrícolas também teve crescimento em dois dígitos no primeiro bimestre do ano, de 24,2%. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.