23/Mar/2021

Segundo o Rabobank, a antecipação das compras de adubos por produtores brasileiros e o aumento de 50% do volume de fertilizantes importados entre janeiro e fevereiro, na comparação com igual período de 2020, levam à projeção de um crescimento da demanda por fertilizantes no País de cerca de 4% em 2021, para aproximadamente 40,6 milhões de toneladas. Até fevereiro, 5,7 milhões de toneladas de adubos desembarcaram nos portos brasileiros, maior volume da história, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Houve maior incremento nas importações de KCl (cloreto de potássio), Sulfato de Amônio (nitrogenado) e MAP (fosfato monoamônico).

As compras antecipadas dos insumos vêm sendo observadas desde julho do ano passado, apesar de aumento dos preços dos fertilizantes entre 25% e 55% em dólar, neste ano. As altas das commodities têm mantido o poder de compra do agricultor em patamares atrativos. Apesar de as cotações dos fosfatados acumularem alta de 55% no ano, em virtude da demanda simultânea no Brasil e nos Estados Unidos, onde importadores anteciparam compras para evitar maior tarifa de importação a partir de abril, devem recuar a partir do mesmo mês. A pressão sobre as cotações deve vir tanto do aumento da disponibilidade de produto chinês no mercado como da redução das compras nos Estados Unidos.

Os nitrogenados, que se valorizaram 40% neste ano, ainda devem se manter sustentados até abril com o retorno dos leilões de compra do insumo pela Índia, neste mês e no próximo. Ao longo do segundo trimestre, contudo, a menor demanda no Hemisfério Norte deve abrir espaço para quedas dos preços. O KCL, que subiu em torno de 25% neste ano e atingiu o patamar de US$ 315,00 por tonelada nos portos brasileiros, deve se manter relativamente estável até o segundo semestre. Contudo, os preços de commodities agrícolas ainda podem oscilar bastante com as previsões de clima nos Estados Unidos e na Europa e que altas podem frustrar quedas maiores dos preços de fertilizantes. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.