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11/Mar/2021

Irrigação: pivôs centrais é tecnologia mais usada

Segundo a Embrapa, a irrigação por pivôs centrais consolidou-se, em 2020, como a principal tecnologia empregada no Brasil, cobrindo 1,6 milhão de hectares, área 9,1% maior em relação ao ano de 2017. No estudo "Georreferenciamento dos pivôs centrais de irrigação no Brasil: ano base 2020", elaborado por pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, consta também que atualmente as áreas de agricultura irrigada no Brasil correspondem a menos de 20% da área total cultivada e produzem mais de 40% dos alimentos, fibras e cultivos bioenergéticos. O levantamento foi feito com base na identificação visual dos pivôs centrais por meio de imagens de satélites. Foram identificados 25.292 pivôs centrais, ocupando área potencialmente irrigada de 1,61 milhão de hectares.

Minas Gerais foi o Estado com maior número de equipamentos instalados (8.541) e área potencialmente irrigada de 501,1 mil hectares. O tamanho médio das áreas potencialmente irrigadas variou consideravelmente, com os pivôs maiores mais concentrados no Cerrado, em Mato Grosso, e os menores na região central da Bahia. Em termos de bacias hidrográficas, a maior concentração de áreas potencialmente irrigadas por pivôs centrais ocorre nas Regiões hidrográficas do Paraná (877.735 hectares) e São Francisco (636.102 hectares). Além das grandes culturas, como soja e milho, sob os pivôs centrais é produzida grande parte do tomate industrial, batata, cenoura, café nas áreas de Cerrado, cebola, alho e cana-de-açúcar.

Esses equipamentos são também indutores do cultivo das culturas de inverno como o trigo e a cevada na região dos Cerrados. Sob condições irrigadas, o trigo tem apresentado altas produtividades, inclusive no Semiárido brasileiro, indicando o potencial da irrigação para a redução das importações desse cereal. O uso de imagens de melhor resolução dos satélites permitiu a identificação de novos pivôs instalados, exclusão de áreas que deixaram de ser irrigadas, exclusão de falsas identificações e inclusão de pequenos equipamentos não identificados nos levantamentos anteriores. Diante da tendência de crescimento da demanda pelos múltiplos usos da água é evidente a necessidade de racionalização de seu uso.

Por exemplo, se todos os sistemas de irrigação atualmente instalados no País fossem ligados simultaneamente, a água necessária seria equivalente à vazão do Rio São Francisco. Na prática, obviamente, isso não acontece. Os irrigantes buscam combinar os cultivos com o ciclo das chuvas. Eles também utilizam a preservação de água nas propriedades com o uso de açudes para armazenamento no período de abundância e sistemas de cultivo que reduzem as perdas de água do solo e facilitam a infiltração. Desse modo, sistemas eficientes de irrigação podem inclusive contribuir para a mitigação da deficiência hídrica nos períodos de estiagem. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.