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10/Mar/2021

Terras: FIAGRO deverá impulsionador o mercado

A possibilidade de os fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) comprarem terras agrícolas ou pastagens degradadas tende a impulsionar a negociação desses ativos no País. Além de grandes áreas de pastagens degradadas com potencial de negociação para serem transformadas em lavouras de grãos, cana-de-açúcar ou fazendas de pecuária intensiva, há ainda os próprios produtores rurais e herdeiros, que poderiam obter retorno mais rápido com a venda da propriedade, sem necessariamente se desligar do negócio. Existem herdeiros que estão com a terra, gostariam de ter uma liquidez parcial com ela e que poderiam vendê-la a um Fiagro, recebendo cotas em troca e, por exemplo, optar por ficar com algumas cotas e vender outras.

Os Fiagros serão listados em bolsa e suas cotas poderão ser negociadas no mercado secundário. A gestora do fundo, de sua parte, venderá ou arrendará as terras, e os investidores/detentores de cotas serão remunerados pelo rendimento das cotas, que variará conforme a demanda por elas no mercado. Mas, há necessidade de dar tempo às gestoras de recursos para que conheçam melhor o mercado de terras. Há mais gestoras com expertise em crédito (investimento em títulos de crédito) do que em terras.

Um fundo de terras é bem mais complexo em termos negociais, demanda expertise na área ambiental e outras áreas, e há menos gente no mercado com esse conhecimento. A Riza Asset, por exemplo, conta com um fundo de investimento em terras, o Terrax, que captou R$ 489 milhões no ano passado e solicitou pedido de follow on (oferta subsequente de cotas) para levantar outros R$ 500 milhões (até R$ 500.000.085, precisamente) há pouco mais de uma semana. Há um amplo mercado a ser explorado pelas gestoras interessadas no ativo, de ao menos 30 milhões de hectares. Daria para dobrar a área plantada em 20 ou 30 anos só transformando pastagens degradadas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.