04/Mar/2021

Segundo o Itaú BBA, as cotações dos fertilizantes fosfatados, nitrogenados e potássicos devem se manter sustentadas no curto prazo. Em fevereiro, esses insumos deram continuidade à alta de preços, que já vinham apresentando em janeiro, impulsionados pela oferta limitada. As relações de troca (quantidade de grão necessária para comprar uma tonelada de adubo) para a safra 2021/2022 já apresentam sinais de significativa piora.

No caso dos fosfatados, a perspectiva é de preços firmes, em virtude de aperto no balanço global entre oferta e demanda. Um dos fatores que contribui para alta das cotações é o fato de a China, importante produtor mundial, ter focado no abastecimento do mercado interno, com os produtores locais estocando o insumo para se proteger dos elevados preços internacionais. Isso reduz o volume disponível para exportação de MAP (fosfato monoamônico) e DAP (fosfato diamônico) pelo país asiático. O preço do MAP já apresentou forte alta em fevereiro.

Quanto à demanda, os Estados Unidos reduziram as compras do adubo, em virtude da nevasca local, mas outros países ainda têm dificuldade em encontrar o produto no mercado externo. Sobre os nitrogenados, o encarecimento do produto deve-se ao aumento na safra de primavera norte-americana, aos altos preços das commodities e à alta do frete marítimo causado pelo aquecimento da demanda e valorização dos combustíveis. No caso específico da amônia, ainda tem o adicional da restrição de oferta das plantas produtoras que estão paradas para manutenção.

Os preços dos fertilizantes potássicos, que também subiram em fevereiro, tendem a ser direcionados pelas condições firmadas no contrato realizado entre Índia e China para fornecimento do produto. De modo que tais negociações costumam balizar os preços globais desse macronutriente. Os produtores brasileiros adiantaram a compra desse insumo na expectativa de alta das cotações nos próximos meses. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.