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02/Mar/2021

Arco Norte movimenta metade da soja e do milho

A crescente relevância do setor portuário na Região Norte foi novamente certificada nesta segunda-feira (1º/03), com a divulgação dos dados de 2020 pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). No ano passado, a proporção de soja e milho movimentados no Brasil que passam pelo Arco Norte atingiu 50%. Em dez anos essa fatia mais que dobrou. Em 2010, o Arco Norte movimentava 23% das duas commodities agrícolas, contra 77% das demais regiões. Esse marco mostra como as vantagens do transporte pela região têm sido cada vez mais percebidas pelos produtores, gerando maior competição no setor e reflexos no valor do frete.

Englobando portos como de Santarém (PA), Santana (AP), de Itaqui (MA) e Ilhéus (BA), além de terminais como o de Vila do Conde (PA) e Ponta da Montanha (PA), o Arco Norte fica a uma distância menor dos portos da Europa e Ásia e tem recebido ano a ano mais infraestrutura de transporte e instalação de terminais. Em 2010, eram três instalações portuárias na região. Hoje são 21. Um exemplo dos reflexos desse crescimento se dá pela soja. A exportação do grão pela Região Norte cresceu 611% entre 2010 e 2020, a maior alta na última década na comparação com outras regiões. Ante 2019, o crescimento foi de 20% no ano passado. O movimento é visto como resultado de investimentos em diferentes modais de transporte, que fazem a integração da carga, e do aumento de participação do setor privado na região.

A expectativa do governo é de que os números do Arco Norte só cresçam. Para fazer essa aposta, a Ferrogrão é um dos fatores considerados. Projetada para cortar os estados de Mato Grosso e Pará, entre os municípios de Sinop e Itaituba, a ferrovia é prometida para no futuro ser o principal centro de escoamento de grãos de Mato Grosso. O leilão está programado para acontecer ainda neste ano. A concessão do trecho final da BR-163, que após pavimentação já deu vazão maior a transporte de carga pelos portos da região, e o investimento no derrocamento do Pedral do Lourenço, no Rio Tocantins, também são motivos para se esperar mais evidência do Arco Norte nos próximos anos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.