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04/Fev/2021

Fertilizantes: preços firmes no 1º trimestre do ano

Segundo o Itaú BBA, as cotações dos principais fertilizantes utilizados por produtores rurais devem se manter sustentadas no primeiro trimestre. No caso dos fosfatados, a perspectiva é de preços fortes até o fim de março, em reação a um balanço apertado entre oferta e demanda. Os preços do MAP (fosfato monoamônico) passaram por expressiva alta nos portos brasileiros em janeiro. Isso porque, nos Estados Unidos, os produtores anteciparam as compras do produto com o temor de oferta mais escassa, já que o país pode começar a taxar adubos fosfatados do Marrocos e da Rússia (o processo será definido em março). Além disso, as principais empresas produtoras focaram no atendimento de seus mercados domésticos, reduzindo a disponibilidade internacional do fertilizante.

Os custos de produção também aumentaram com reajustes nos preços dos insumos usados, contribuindo ainda mais para a elevação dos preços do MAP. Os nitrogenados, assim como os fosfatados, tiveram valorização acentuada no mês passado em virtude da oferta limitada. Companhias produtoras têm enfrentado dificuldades para se abastecer de gás natural, necessário à produção do adubo. O reajuste foi influenciado ainda pela alta do petróleo no período. Além disso, a China, que exporta nitrogenados, tem encontrado dificuldade para escoar o insumo por causa de novos bloqueios entre as cidades, instituídos para conter o avanço da Covid-19 no país. Em contrapartida, a demanda continua aquecida no Hemisfério Norte, com produtores se preparando para plantar uma grande safra de milho, no fim do trimestre.

Sob este cenário, a oferta e demanda globais se mantêm apertadas nos próximos meses, e o preço seguirá firme até a regularização das indústrias produtoras. Os preços dos fertilizantes potássicos ficaram próximos da estabilidade em janeiro, mas a redução da oferta na China e o plantio das safras de inverno e entressafra dos canaviais no Centro-Sul do Brasil devem sustentar as cotações no País até o fim de março. Na China, além dos problemas logísticos, a demanda interna mais fraca levou indústrias a fazerem paradas programadas em fevereiro. Outro fator de suporte aos preços é a procura aquecida pelo produto nos Estados Unidos, com produtores adiantando compras. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.