ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

29/Jan/2021

Máquinas: vendas deverão crescer menos em 2021

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a receita com a venda de máquinas agrícolas cresceu 17,6% em 2020 e, descontada a inflação, chegou a R$ 22,2 bilhões. Para 2021, a projeção é de aumento menor, da ordem de 3%. Caso a previsão se confirme, a receita vai alcançar R$ 22,86 bilhões. O fundamento que fez com que as vendas aumentassem muito em 2020 persiste, considerando o câmbio e preço das commodities. O ano de 2020 foi excepcional para o setor. A rentabilidade do produtor estava muito boa e se encaminha para ser boa neste ano também. A cotação da soja rompeu a barreira dos US$ 14,00 por bushel na Bolsa de Chicago no fim do ano passado.

Foi um ano diferente. Mesmo sem importantes feiras, não foi preciso fazer esforço para vender. Isso só acontece uma vez a cada década, com o produtor aproveitando o pico de preço das commodities para comprar. No primeiro semestre de 2020, a carteira de pedidos, que costuma ser de nove semanas, passou para cinco. Sem feiras, o número de pedidos caiu bastante. Em um ano ruim, esse impacto seria maior, pois haveria pouca visibilidade e pouca venda sem as feiras. As feiras realizadas no País costumam representar quase um terço das vendas do segmento. Ao contrário do que aconteceu com outras feiras marcadas para o primeiro semestre, a Agrishow, não foi cancelada e está marcada para ocorrer entre os dias 21 e 26 de junho.

Se as montadoras não quiserem participar, existe a possibilidade de que sejam representadas por seus distribuidores, como já acontece em outras feiras. A Agrishow, que costuma acontecer em maio em Ribeirão Preto (SP), só deixará de ser realizada se os casos de Covid-19 continuarem em alta e se a vacinação não trouxer o resultado esperado de redução de casos. Apesar do otimismo, ainda existem “nuvens” no cenário. Não haverá recursos adicionais para o Moderfrota nem para o Pronaf no primeiro semestre. O que tem disponível é o BNDES Crédito Rural, que é um pouco mais caro, o que dificulta para o público no Pronaf, por exemplo. A taxa média de juros da linha do BNDES é de 9,6%, enquanto a do Moderfrota é de 7,5%, e a média do Pronaf é de 4%. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.