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28/Jan/2021

Internet: os desafios do acesso em áreas agrícolas

Carência de infraestrutura pública para levar energia até o produtor, inexistência de sinal ou ocorrência de obstáculos à sua propagação, gargalos para o acesso a diferentes tecnologias, entre outros fatores, tornam a agricultura brasileira menos produtiva do que poderia e tendem a condenar boa parte dos produtores rurais à condição econômica em que vivem, impedindo a melhora de suas condições de vida. A internet não chega a mais de 70% das propriedades rurais, de acordo com o Atlas do Espaço Rural Brasileiro editado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com pesquisa da McKinsey & Company, apenas 23% dos agricultores brasileiros têm acesso à rede mundial de computadores. Com o uso de outros meios, uma fatia bem mais expressiva, de 57,5% dos produtores rurais, tem acesso à rede social. São índices muito baixos se comparados com os observados no meio urbano, onde praticamente qualquer criança opera equipamentos com acesso à internet e às redes sociais.

Embora o estudo do IBGE mostre que, em 2017, 83% dos estabelecimentos agropecuários tinham acesso à rede de energia elétrica, resultado 22% maior do que o de 2006, em muitos casos a falta de eletricidade inviabiliza a modernização das propriedades. Irrigação, refrigeração e outros processos tornam-se inviáveis sem energia elétrica. A falta de informações ou de troca de conhecimentos propiciada pela internet dificulta a disseminação de métodos mais eficientes, medidas profiláticas eficazes ou melhor conhecimento do mercado.

Políticas do governo ainda não foram suficientes para fazer os pequenos produtores adotarem a tecnologia que hoje é empregada pelos grandes. Integrar na agricultura moderna os milhões de produtores que ainda estão à margem é um desafio a vencer. Vencer esse desafio criaria condições ainda melhores e mais amplas para o progresso no campo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.