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15/Dez/2020

Máquinas: linha do BNDES é opção ao Moderfrota

Lançada em março, a linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar investimentos tornou-se uma alternativa para os produtores que não conseguiram acessar o Moderfrota, principal opção de empréstimo para a compra de máquinas agrícolas prevista no Plano Safra. Batizada de BNDES Crédito Rural, a nova linha do banco é mais cara que o Moderfrota, que tem juros subsidiados pelo governo. Em contrapartida, ela tem prazo maior para pagamento e permite financiar o valor total do item. Com demanda elevada, os R$ 6,5 bilhões do Moderfrota esgotaram-se menos de seis meses após o Plano Safra 2020/2021 entrar em vigor. O aporte adicional de R$ 740 milhões não foi suficiente para dar conta da procura. O BNDES Crédito Rural, que continuará à disposição em 2021, tem três opções de juros, taxa fixa do BNDES (6,2%), TLP (1,83% em dezembro) ou Selic (2%), mais 0,95% ao ano e limite de spread de 2,1%.

Para a aquisição de máquinas, a carência é de dois anos e o prazo para pagar, de dez. O Moderfrota, por sua vez, tem taxa fixa anual de 7,5% e prazo de pagamento de até sete anos, no caso de produtores que faturam até R$ 45 milhões por ano. O valor financiável é de até 85%. No ciclo 2020/2021, o Ministério da Economia destinou R$ 11,5 bilhões para equalização de juros, dos quais R$ 8,63 bilhões para investimento, o que inclui o Moderfrota. A demanda por operações de investimento com juros equalizados aumentou 32% de julho a outubro, para R$ 12 bilhões. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), ainda há um movimento para suplementar o Moderfrota, mas o desempenho não foi afetado porque essa nova linha compensou a falta de recursos oficiais subsidiados.

Com o estrangulamento das linhas do Plano Safra, o novo produto de crédito do BNDES liberou R$ 1 bilhão de março a outubro, dos quais R$ 910 milhões foram para a compra de máquinas agrícolas, em um total de 2.746 contratos. O restante foi para financiar itens como armazéns e infraestrutura das propriedades. Neste ano, a demanda por recursos foi recorde. Muitos programas foram suspensos com dois ou três meses do começo do Plano Safra. Se, de um lado, o crédito foi apertado, de outro, há dificuldade com o fornecimento de insumos à indústria. Todas as montadoras passam por um momento crítico de desbalanceamento da cadeia. Pode levar algumas semanas até um equilíbrio para a retomada da produção. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.