12/Nov/2020
Além de reabrir gradualmente seu sistema para novos pedidos de financiamento a linhas de investimento ligadas ao Plano Safra 2020/2021, o BNDES deve em breve suplementar seu Programa BNDES Crédito Rural, criado no início deste ano e que oferece recursos com taxas de juros sem equalização do governo federal. De R$ 1,5 bilhão alocados para o ano de 2020, já foram aprovados pedidos que somam R$ 1,2 bilhão. Como o volume aprovado mensalmente tem girado em torno de R$ 200 milhões, a previsão é de que os R$ 300 milhões restantes sejam consumidos rapidamente.
Até o fim de novembro ou começo de dezembro deve haver uma definição sobre essa suplementação. O objetivo é de um valor que dure até o fim de 2021 (ano civil), para ser uma válvula de escape em relação às linhas do Plano Safra. A negociação, neste caso, é mais simples do que quando se trata de linhas do Plano Safra. É uma decisão exclusivamente do banco, bem diferente do contexto dos programas agropecuários do governo federal, que envolvem ministérios. A demanda média de R$ 200 milhões por mês deve aumentar quando os recursos das linhas oficiais de investimento do Plano Safra, que estão no fim, se esgotarem. Aí não serão só R$ 200 milhões por mês, até porque para o produtor, na parcela, a diferença de taxa de juros é insignificante.
Enquanto o Moderfrota tem taxa de juro mensal de 0,6%, o BNDES Crédito Rural opera com taxa de 0,75% ao mês. O BNDES vai acompanhar a demanda pelos recursos de seu programa próprio junto às instituições financeiras ao longo do ano que vem, a fim de avaliar a necessidade de novas suplementações. Não está descartada a possibilidade de conseguir um orçamento adicional para o BNDES Crédito Rural agora e daqui três ou quatro meses solicitar um pouco mais. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.