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29/Out/2020

Dicamba: EUA aprova os registros da Bayer e Basf

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) aprovou novos registros para os herbicidas à base de dicamba XtendiMax with VaporGrip Technology, da Bayer, e Engenia, da Basf. Os registros têm validade de cinco anos. A agência também estendeu até 2025 o registro do herbicida à base de dicamba Tavium Plus VaporGrip Technology, da Syngenta. Esses registros só valem para uso em lavouras de algodão e soja tolerantes ao dicamba. Com a decisão atual, os agricultores agora têm a segurança de que precisam para planejar a safra de 2021. Após revisar uma quantidade substancial de novas informações, conduzir avaliações científicas baseadas na melhor ciência disponível, e considerar cuidadosamente a opinião das partes interessadas, chegou-se a uma resolução que é boa para produtores e o meio ambiente.

Em junho deste ano, um tribunal em São Francisco rejeitou a decisão da EPA de estender por mais dois anos, em outubro de 2018, o registro desses produtos. Quando a EPA prorrogou o registro, impôs restrições ao uso do dicamba para que sua aplicação não causasse danos em campos vizinhos. Em sua decisão, porém, o tribunal afirmou que a agência subestimou os riscos do herbicida, além de não reconhecer outros riscos. A decisão foi tomada após ação movida por um grupo de organizações ambientais. Apesar disso, a EPA autorizou o uso limitado de estoques de químicos existentes e já adquiridos. Os produtores que cultivam lavouras não tolerantes ao dicamba se queixam de deriva, ou seja, após a aplicação, o defensivo acabaria chegando a outros cultivos, prejudicando essas lavouras. A decisão de terça-feira (27/10) inclui algumas medidas de controle para evitar a deriva.

Por exemplo, antes de aplicar o herbicida, o agricultor terá de misturar ao produto um agente de redução de volatilidade (VAR). Outra medida prevê que o dicamba não poderá ser aplicado em lavouras de soja após 30 de junho e em plantações de algodão após 30 de julho. Além disso, os rótulos dos produtos e as instruções de uso terão de ser simplificados, para que produtores possam determinar com mais facilidade quando e como aplicar corretamente o herbicida. A EPA informou que, antes de aprovar os registros, ouviu órgãos reguladores estaduais, grupos de produtores, acadêmicos, fabricantes de pesticidas, entre outros. A agência acredita que as análises que foram conduzidas abordam os pontos levantados pelo tribunal de São Francisco em sua decisão de junho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.