03/Set/2020

O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui (São Luís-MA), iniciou nesta quarta-feira (02/09) sua segunda fase de operações. O terminal, que no ano passado movimentou mais de 7 milhões de toneladas, deve superar 8 milhões de toneladas neste ano. A capacidade total de movimentação, de 15 milhões de toneladas de grãos, deve ser atingida em até cinco anos. A perspectiva de aumento progressivo da movimentação de soja, milho e farelo se sustenta no plantio na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que cresce com a migração de áreas de pecuária para a produção agrícola, e no incremento de uso de tecnologia nos cultivos, o que elevará a produtividade. A divisão de movimentação entre soja e milho vai acontecendo mediante a mercado. Hoje, o milho está em alto patamar, então tem um incremento na produção de milho, mas isso é cíclico.

Vai depender do ano, do preço da commodity, mas a expectativa é de que o porto atinja a maturidade (15 milhões de toneladas) em até cinco anos. O investimento na fase 2 do terminal, de mais de R$ 230 milhões, contemplou a duplicação da moega ferroviária e das esteiras de transporte de grãos, a implantação de um novo shiploader no berço de atracação 100, com capacidade 20% superior ao que já está operante no berço 103, além de ajustes para carregamento simultâneo e melhoria na capacidade de movimentação. Sobre novos investimentos ou uma fase 3 do terminal, é uma possibilidade, mas ainda não há nada previsto. A inauguração da fase 2 do Tegram é um marco histórico. O porto passa a um novo patamar de movimentação de cargas e dá mais segurança aos investidores e aos produtores da região. Sete Estados dependem do porto para movimentação de cargas e ele atende à expansão da fronteira agrícola do MATOPIBA.

Com a ferrovia Norte-Sul, será possível originar mais cargas em Mato Grosso e Goiás para exportação e escoar fertilizantes e combustíveis importados para outras regiões. A primeira fase do Tegram, inaugurada em 2015, já respondeu por movimentação de grãos acima da capacidade inicialmente projetada, de 5 milhões de toneladas. Pela eficiência operacional e pelo padrão de operação, na primeira fase o porto atingiu no ano passado mais de 7 milhões de toneladas. O Porto do Itaqui movimentou 11 milhões de toneladas de grãos em 2019, entre o Tegram e operações da VLI, e passará a ter uma capacidade de movimentação de 20 milhões de toneladas anuais, embora deva levar alguns anos para chegar nesse patamar. O plano de desenvolvimento prevê atingir 16,328 milhões de toneladas em 2025. Mas, esses números podem ser conservadores. A expectativa é que possa passar de 18 milhões de toneladas já em 2025.

O porto também inaugurou pátio de contêineres e está fazendo a requalificação do sistema elétrico para atender ao setor de carnes. Já há consulta para exportação de carne processada pelo porto. De janeiro a julho, o Porto do Itaqui movimentou 7,4 milhões de toneladas de soja, milho e farelo, um aumento de 20% em relação a igual período de 2019, e 1,4 milhão de toneladas de fertilizantes (+33% ante 2019). O governador do Maranhão, Flávio Dino, destacou que o Tegram é um sonho antigo não só dos produtores do Estado, mas dos Estados vizinhos e tem sido bem-sucedido. A segunda fase traz mais oportunidades para os agricultores e a economia da região. Ele apontou, ainda, a importância de investimentos para recuperação da economia brasileira. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.