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31/Ago/2020

Glifosato: Bayer ainda não assinou acordos nos EUA

O acordo da Bayer para encerrar milhares de ações envolvendo o herbicida Roundup está sendo protelado, afirmam os advogados de demandantes. Em junho, a companhia alemã anunciou um acordo de US$ 10,9 bilhões para encerrar 75% das 125 mil ações que alegam que o glifosato, ingrediente ativo do herbicida, causa câncer. Antes do anúncio do acordo, a Bayer já tinha sofrido derrotas em três julgamentos envolvendo o herbicida, o que derrubou suas ações. A companhia diz que o glifosato não representa risco cancerígeno. Acordos com dois dos principais advogados de demandantes ainda não foram assinados pela Bayer. Outro acordo para resolver um grande conjunto de casos foi completamente anulado neste mês.

O juiz que está cuidando de milhares de ações protocoladas em tribunais federais, informou aos advogados que quer ver um plano para a retomada de julgamentos, tendo em vista as incertezas em torno do acordo. Ele relata que há dificuldade para conciliar o que foi lido no press release da Bayer em junho com os números apresentados no dia 27 de agosto pelos advogados, que informaram que a maioria dos casos em seu tribunal ainda não tiveram um acordo assinado. A Bayer afirmou que imaginou em junho que conseguiria finalizar os acordos. Segundo a empresa, há um pequeno obstáculo. O juiz então questionou se os casos não estão resolvidos. Já foram assinados acordos com advogados que representam cerca de 30 mil demandantes.

Detalhes das divergências entre os advogados e a Bayer não foram discutidos no tribunal no dia 27 de agosto. O juiz pediu para que os advogados tornem públicos trechos de cartas que enviaram a ele em sigilo, e que detalham o que o juiz descreveu como a Bayer "desonrando" seus acordos. A Bayer afirma estar otimista de que conseguirá finalizar os acordos nos próximos 30 dias sem a retomada dos julgamentos. Em julho, a companhia perdeu um recurso apresentado em um tribunal da Califórnia que buscava anular a decisão do primeiro julgamento envolvendo o Roundup. Em agosto de 2018, a Bayer foi condenada a pagar US$ 289,2 milhões a um jardineiro que alegava que a exposição ao glifosato teria sido responsável por seu linfoma não-Hodgkin. A indenização, porém, foi reduzida para US$ 20,4 milhões. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.