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17/Ago/2020

Logística: governo busca reduzir o “Custo Brasil”

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que o governo trabalha para melhorar a logística, principalmente para atender ao crescimento da produção agrícola brasileira, e prevê que as obras em andamento surtirão efeito em cinco anos quando o “Custo Brasil” irá cair consideravelmente. Segundo ele, é preciso responder a esse desafio que o agronegócio impõe. O Brasil precisa ser eficiente tanto da porteira para dentro como da porteira para fora. O País cada vez mais vai sofrer competição do resto do mundo e é preciso melhorar muito a logística. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, há muito tempo os produtores rurais esperam por um sistema de logístico mais eficiente, já que o escoamento da produção (da fazenda até o porto) é um dos principais desafios do agro brasileiro e o que eleva o custo do produto.

Tarcísio de Freitas citou diversas obras em andamento, como ferrovias e hidrovias. Sobre cabotagem, ele afirmou que a estratégia é reduzir o custo da navegação, pois o Brasil tem um imenso potencial. A navegação de cabotagem será usada para fazer um transporte que é muito mais eficiente e barato. Sobre o projeto de lei do Programa de Incentivo à Cabotagem, chamado ‘BR do Mar’, apresentado pelo governo ao Congresso Nacional, ele afirmou que o objetivo é aumentar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos e dobrar o volume de contêineres transportados. A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos da mesma costa de um país. Segundo o Ministério da Infraestrutura, é um modo de transporte seguro, eficiente e que tem crescido mais de 10% ao ano no Brasil, quando considerada a carga transportada em contêineres.

Tarcísio de Freitas lembrou que Medida Provisória 945, que altera a legislação portuária, também é um caminho para aumentar os investimentos no setor. De acordo com ele, a MP, que já foi aprovada pelo Congresso Nacional, simplifica o processo de arrendamento de terminais. A missão é dar infraestrutura para aqueles que têm cadeias verticalizadas, que precisam ter um cais e ter acesso portuário. Não faz sentido ter um processo lento para viabilizar esse acesso portuário. Conforme o ministro, até o fim deste ano, o governo deve fazer 11 leilões de arrendamento portuário. No ano passado, foram realizados 13 leilões. Outra meta é dobrar a participação do modal ferroviário em oito anos no transporte de cargas. A primeira vitória ocorreu no ano passado, com o leilão da Ferrovia Norte-Sul, que ano que vem tem a obra concluída e operacional.

Também há ações para Ferrogrão e Ferrovia de Integração do Centro-Oeste. A ministra Tereza Cristina ressaltou a importância da ampliação da capacidade de transporte das ferrovias e a interligação com os portos para o escoamento da safra de grãos, bem como fluxo de insumos e fertilizantes para os grandes estados produtores do País. Surgirão muitas oportunidades, geração de emprego e de renda para quem vive no interior. Tarcísio de Freitas citou os investimentos em hidrovias, como na Hidrovia do Paraguai, que movimenta cerca de três milhões de toneladas de produtos, e irá receber serviços de dragagem, sinalização e balizamento. Os ministros lembraram a ação conjunta das pastas para garantir o abastecimento de alimentos para os brasileiros durante a pandemia. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.