ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Ago/2020

Nitrato de amônio: preços podem subir com força

A explosão de um armazém de nitrato de amônio no porto de Beirute, no Líbano, na semana passada pode impulsionar os preços do insumo no curto e médio prazo. Daqui para frente, é possível haver cobranças e regras mais rígidas quanto ao armazenamento e processamento do químico, o que pode aumentar o seu custo para indústria e resultar em aumento nos preços finais.

A dinâmica de mercado no consumo do produto como fertilizante não deve ser afetada, pela necessidade do uso do insumo na adubação das lavouras agrícolas. No Brasil, há todo um processo interno para estocagem e utilização industrial do produto. No Brasil, o risco de haver uma explosão aqui como a do Líbano é limitado, porque os portos estão preparados para lidar com a carga e todo produto que é estocado fora do porto também é monitorado.

No Líbano, esses cuidados rígidos podem não ter sido tomados. Sabe-se que o produto ficou cerca de seis anos estocado no porto, o que poderia explicar sua volatilidade. No Brasil, o nitrato de amônio é utilizado em misturas principalmente nas lavouras de cana-de-açúcar. Ele geralmente não é aplicado sozinho e é utilizado em volume pouco expressivo.

Na prática, quem tem esse problema de armazenagem é a misturadora, que tem o todo protocolo de uso industrial para seguir, e não o produtor. Segundo dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex), em 2019, o País importou 1,235 milhão de toneladas de nitrato de amônio, o que responde a 4% do volume total de adubos adquirido no exterior, de 29,5 milhões de toneladas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.