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06/Ago/2020

Fertilizantes: consumo deve ter leve alta em 2020

Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o consumo de fertilizantes no mercado brasileiro deve crescer 2% em 2020 em comparação com 2019, para 37 milhões de toneladas. O cenário é promissor para o mercado de fertilizantes com perspectiva de safra recorde de grãos e alta rentabilidade do produtor. A comercialização de adubos já atingiu cerca de 70%, 10% a mais ante igual período do ano passado. O consumo deve ser estimulado também pela relação de troca favorável ao produtor. O preço do fertilizante nunca esteve tão baixo e as cotações das commodities nunca estiveram tão remuneradoras. No caso da soja e do milho, nota-se a melhor relação de troca entre grão e fertilizantes dos últimos anos.

Diante do fato de a relação de troca estar tão favorável ao agricultor, alguns produtores já estão fixando preço de adubos para as próximas safras. O valor dos adubos está revertendo a tendência de queda, começando a subir, mas a relação entre fertilizantes e grãos deve continuar atraente para o produtor no curto prazo. As cotações de alguns fosfatados e nitrogenados atingiram o patamar mínimo em maio e em junho voltaram a subir. A indústria nacional de fertilizantes ainda depende da importação, mas que os investimentos no mercado brasileiro seguem fortes com entrada de novos players e expansão de plantas já existentes. Mais de US$ 5 bilhões foram investidos nos últimos cinco anos. O Brasil é quarto mercado consumidor de fertilizantes, o que justifica esses investimentos.

Quanto às entregas dos insumos para utilização no segundo semestre, o risco de bloqueios e interrupções na cadeia logística em virtude da pandemia de Covid-19 fez com que alguns produtores antecipassem a retirada dos adubos já no primeiro semestre. Apesar da concentração de entregas sazonalmente no segundo semestre do ano, os gargalos logísticos começam a diminuir. Ao longo dos últimos anos, a indústria de fertilizantes vem se beneficiando com expansão da infraestrutura, como por exemplo a expansão dos portos do Arco Norte e com as ferrovias que acessam o Porto de Santos (SP) sendo exploradas. Essas melhorias trouxeram competitividade e benefício à indústria com queda no custo do frete. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.